Casa da Morte, em Petrópolis, será espaço de memória, educação e direitos humanos

Atualizado em 23 de maio de 2025 às 14:34
Casa da Morte, local de tortura na ditadura – Foto: Márcio Alves

A antiga Casa da Morte, em Petrópolis (RJ), será transformada em um espaço dedicado à memória, educação e aos direitos humanos. O Ministério dos Direitos Humanos e a Prefeitura de Petrópolis assinaram um termo que transfere a gestão do imóvel para o município, um passo importante para a criação do memorial.

“Hoje é um dia para entrar na história da luta por memória, verdade, reparação e Justiça, no nosso país. A antiga Casa da Morte, centro clandestino de torturas e assassinatos na ditadura de 1964, agora será transformada em um memorial do povo brasileiro”, afirma o deputado federal Reimont (PT-RJ), presidente da Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial.

O deputado federal Reimont (PT-RJ) – Foto: Reprodução

Reimont destinou R$ 250 mil em emendas parlamentares para viabilizar a transformação do local. Durante o regime militar, a Casa da Morte foi um dos principais centros clandestinos usados para práticas de tortura e assassinato contra opositores políticos.

“A Casa da Morte agora será a Casa da Liberdade, da Verdade e da Justiça. Porque, onde tentaram calar, nós vamos fazer ecoar as vozes que lutaram por um Brasil mais justo. Para que nunca se esqueça, para que nunca mais aconteça”, defende Reimont.

“Dedicamos essa conquista a Inês Etienne Romeu (1942-2015), única sobrevivente da Casa da Morte, que, mesmo barbaramente torturada, guardou na memória, por anos, as pistas que levaram à descoberta do local”, aponta o deputado.