A procuradora da República Gabriela Saraiva de Azevedo Hossri, na semana passada, foi designada para a investigação sobre as joias de R$ 16,5 milhões que o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou trazer ilegalmente ao Brasil. Gabriela no entanto, pode não assumir o caso.
A procuradora é casada com o vereador Nelson Hossri (PSD), de Campinas. Bolsonarista raiz, Nelson tem várias selfies com o mito e seu filho Eduardo em suas redes.
Após apuração realizada pelo G1 junto ao Ministério Público (MP), foi revelado que Gabriela, que é da Procuradoria de Guarulhos (SP), já havia pedido, em janeiro, transferência para Osasco. A mudança para a cidade vizinha foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) em 7 de março.
Gabriela Horsi está em férias e segundo a reportagem é provável que mude de procuradoria assim que voltar, ou seja, antes de assumir de fato as investigações.
Na última quinta-feira (9), o Ministério Público Federal (MPF) confirmou que já começou a análise de toda a documentação acerca do caso das joias sauditas enviada pela Receita Federal. Um procurador substituto cuida dos procedimentos.
Em uma postagem, Gabriela aparece numa foto com o marido num ato em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro na Avenida Paulista.
Mais discreta, ela tem uma única postagem no Twitter: compartilhou matéria do Estadão de 2019 em que o ministro Luís Roberto Barroso critica a própria corte.
“Nos EUA, Barroso, do STF, sugere que o ‘momento de descrédito’ do Tribunal está relacionado à percepção da sociedade de que os ministros por vezes protegem uma ‘elite corrupta’, diz o trecho que ela tuitou.
Gabriela Hossri começou a atuação no Ministério Público Federal de Altamira (PA), depois passou pelas Procuradorias da República nos municípios de Viçosa (MG), Passos (MG) e Pouso Alegre (MG) e desde outubro de 2020 atua no 5º ofício da Procuradoria da República de Guarulhos.
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