Caso Abin: Bolsonaro aconselha Carluxo a submergir e não procurar aliados

Atualizado em 30 de janeiro de 2024 às 10:35
Carlos Bolsonaro. Foto: reprodução

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), recentemente alvo de uma operação da Polícia Federal (PF), recebeu conselhos de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), para submergir em meio às investigações da “Agência Brasileira de Inteligência (Abin) paralela”, segundo o Blog do Noblat, do Metrópoles.

A orientação também veio dos advogados de Carluxo, recomendando que ele evite encontros ou contato com outros investigados até que a defesa tenha acesso aos autos do processo.

Devido ao caráter sigiloso do inquérito, é provável que o vereador opte por manter silêncio por um longo período. A previsão é de que o filho “02” do ex-mandatário preste depoimento na PF nesta terça-feira (30), no Rio de Janeiro, mas sem relação com o esquema da Abin.

Consequentemente, o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) não deverá ser procurado. Outros investigados em operações anteriores, como o primo e aliado de primeira hora Léo Índio, alvo no inquérito das manifestações antidemocráticas, também não serão acionados.

Segundo declarações de Bolsonaro à CNN Brasil, Carlos e Ramagem mantêm uma “relação de amizade”. O ex-capitão afirmou que o filho buscou informações junto ao ex-diretor da Abin por iniciativa própria, e Ramagem negou o compartilhamento.

Abin paralela': veja a linha do tempo das investigações que atingiram Carlos Bolsonaro e Ramagem
Ramagem e Carluxo. Foto: Reprodução

Durante a operação da PF, foram realizadas buscas em diversos endereços associados a Carlos no Rio de Janeiro, incluindo sua residência, seu gabinete na Câmara de Vereadores e seu escritório político. A residência de veraneio da família, localizada na Vila Histórica de Mambucaba, em Angra dos Reis, também foi alvo das diligências.

Diversos itens foram apreendidos pela PF, incluindo computadores, aparelhos celulares e documentos, tanto no gabinete e escritório político de Carlos, quanto na residência da família.

Desde março, a PF investiga suspeitas de que a gestão Bolsonaro tenha utilizado o software israelense FirstMile para espionar adversários políticos, além de a Abin ter abrigado ações de interesse privado da família presidencial.

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