A Justiça do Amazonas decidiu liberar Gabriel Pereira Dantas, um dos suspeitos no caso de Bruno Pereira e Dom Phillips. Ele se entregou à polícia em São Paulo, alegando ter dirigido o barco dos assassinos do indigenista e do jornalista. O pedido de prisão temporária contra ele foi recusado.
Na manhã desta quinta (23), Dantas disse a policiais na Praça da Sé que estava envolvido no crime. A confissão foi feita 18 dias após o crime e a mais de 5,4 mil quilômetros de distância de Atalaia do Norte, onde ocorreu o assassinato.
Interrogado pela Polícia Civil, repetiu a versão, mas ficou em silêncio após ser levado à Superintendência da Polícia Federal em São Paulo.
“Ele permanece em liberdade, tendo em vista que não há indícios de ter participado dos crimes ora em apuração, já que apresentou versão pouco crível e desconexa com os fatos até o momento apurados”, diz comunicado da PF do Amazonas.
A juíza Jacinta Silva dos Santos, titular da Comarca de Atalaia do Norte, decidiu que o pedido não atende “os requisitos legais exigidos para a decretação de prisão temporária”. A decisão ocorreu após manifestação do Ministério Público do Amazonas, que foi contrário ao pedido de prisão.
Dantas disse aos delegados paulistas que conheceu um dos homens que confessou ter atirado contra a dupla. Ele nega ter feito algum disparo contra a dupla, mas diz que ajudou a carregar os corpos e esconder seus pertences.