Além de afirmar que Ronnie Lessa foi o autor dos disparos que mataram a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, o ex-policial militar citou outras seis pessoas que estariam ligadas ao crime de 2018 em sua delação premiada. Os suspeitos teriam algum envolvimento em diferentes etapas do crime, desde o planejamento até momentos após a execução.
Entre os novos nomes citados por Élcio estão Edimilson Oliveira da Silva, conhecido como Macalé, Denis Lessa, irmão de Ronnie, Edilson Barbosa, apelidado de Orelha, o ex-PM Maurício da Conceição dos Santos Júnior, conhecido como Mauricinho, João Paulo Viana dos Santos Soares, apelidado de Gato do Mato, e sua esposa, Alessandra da Silva Farizote.
Élcio de Queiroz afirmou que Macalé teria sido o responsável por chamar Ronnie Lessa para cometer o assassinato de Marielle e também teria participado das ações de vigilância sobre a vereadora. O ex-PM revelou que em agosto de 2017, Macalé já teria tentado matar Marielle com a ajuda de Lessa e de Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel.
Orelha, segundo a delação de Élcio, teria sido o responsável por ocultar o carro utilizado no dia do crime. Ele teria sido alertado por Élcio sobre o início das investigações e trocou de telefone após o assassinato.
Mauricinho, por sua vez, teria recebido informações sobre uma operação policial que buscava prender Ronnie Lessa em 2019. Lessa tentou fugir, mas acabou sendo detido.
Denis Lessa, irmão de Ronnie, teria pedido um táxi para o transporte de Ronnie e Élcio após o assassinato de Marielle. Ele também teria ficado com uma bolsa preta utilizada por Ronnie durante o crime.
O casal João Paulo Viana dos Santos Soares, o Gato do Mato, e sua esposa Alessandra, teriam sido citados como pessoas de confiança de Lessa. A investigação aponta que eles teriam tido posse da arma utilizada no crime antes do assassinato e a entregaram para Lessa.
A Polícia Federal chegou a intimar alguns dos novos suspeitos para depor, mas apenas Denis e Orelha compareceram.
Essas novas informações trazidas por Élcio de Queiroz podem ser fundamentais para o avanço das investigações sobre o caso Marielle Franco, que tem mobilizado a opinião pública desde o ocorrido em 2018. O desdobramento das investigações poderá levar a novas provas e esclarecer pontos até então obscuros sobre o assassinato que chocou o país. O Ministério Público e a Polícia Federal seguem atentos aos desdobramentos do caso, visando garantir a justiça e esclarecimento pleno dos fatos.