
Após cinco anos, a Polícia Federal (PF) mudou sua interpretação em relação às mensagens trocadas entre um policial da Divisão de Homicídios (DH) do Rio de Janeiro e uma testemunha no caso Marielle Franco.
O policial Marco Antônio de Barros Pinto, conhecido como Marquinho DH, foi indiciado pela PF sob suspeita de obstruir as investigações, com base nessas mensagens. Em 2019, a corporação não viu crime nessas comunicações.
O delegado Leandro Almada, atual Superintendente da PF no Rio, que presidiu a investigação em 2019, assinou o relatório enviado ao STF sobre o caso Marielle. A PF afirmou que o relatório de 2019 já apontava irregularidades de Marquinho DH, mas a interpretação mudou quando a PF entrou oficialmente na apuração do homicídio.
As mensagens também foram usadas para reforçar as suspeitas sobre Rivaldo Barbosa, então chefe de Polícia Civil, e Giniton Lages, então diretor da DH, no relatório enviado ao STF. Ambos foram detidos recentemente sob suspeita de envolvimento na morte de Marielle.
Depoimento de Lessa
A mudança na interpretação ocorreu em razão das informações da delação premiada de Ronnie Lessa, acusado de ser o executor do crime.

O relatório indica que Marquinho DH teve participação direta na infiltração da testemunha Ferreirinha no inquérito para atrapalhar as investigações.
Além das mensagens, Marquinho DH é citado no episódio do sumiço do celular apreendido com um investigado. Giniton, por sua vez, ainda tem suspeitas relacionadas à colheita e análise das imagens, enquanto Rivaldo é citado por Lessa em sua delação como alguém que iria desviar o foco da apuração.
Siga nossa nova conta no X, clique neste link
Participe de nosso grupo no WhatsApp, clicando neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link