Caso Voepass: presidente da companhia quebra silêncio após tragédia

Atualizado em 13 de agosto de 2024 às 21:57
Presidente da Voepass, comandante Felício (José Luiz Felício Filho) falando, de oculos e roupa preta
Presidente da Voepass, comandante Felício (José Luiz Felício Filho) – Reprodução

Em seu primeiro pronunciamento após o acidente aéreo em Vinhedo (SP), o presidente da Voepass, comandante José Luiz Felício Filho, manifestou profunda solidariedade às famílias das vítimas e ressaltou o compromisso da companhia com as melhores práticas internacionais de segurança.

“Sou piloto há mais de 30 anos e hoje o comandante mais antigo dessa empresa. Vim de uma origem de transportadores e, desde que assumi a presidência dessa empresa em 2004, sempre construí uma base com diretrizes sólidas e sempre pautadas pelas melhores práticas internacionais para garantir a segurança operacional de todos. A vida dos nossos passageiros, assim como dos nossos tripulantes, sempre foi e continuará sendo nossa prioridade número um”, afirmou.

Além disso, o comandante garantiu que a Voepass se responsabiliza integralmente por todas as despesas relacionadas ao acidente, incluindo transporte, hospedagem, alimentação, translado e apoio psicológico para as famílias afetadas.

“Como presidente e cofundador dessa empresa, estou aqui para dizer que é um momento de grande pesar para todos nós da família Voepass. Toda a nossa equipe está voltada para garantir a assistência irrestrita aos familiares das vítimas. Não estamos medindo esforços logísticos e operacionais para que todos recebam nosso efetivo apoio neste momento”, destacou Felício Filho.

Ainda não se conhece a causa exata do acidente. No entanto, a queda em espiral sugere a possibilidade de um estol, um fenômeno onde a aeronave perde a sustentação necessária para o voo, segundo especialistas. Inicialmente, a Voepass informou que o acidente havia resultando em 61 mortes. No entanto, no dia seguinte, o número subiu para 62.

De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a aeronave envolvida, um ATR-72-500, é um turboélice com capacidade para 74 assentos. Fabricado pela ATR, uma das principais fabricantes de aeronaves globais com sede na França, o modelo estava com toda a documentação regular e os tripulantes possuíam habilitações válidas.

O ATR-72-500 tem uma velocidade máxima de 511 km/h, mede 27 metros de comprimento e envergadura, e possui uma autonomia de voo de 1.324 quilômetros. Com um peso máximo de carga de 7 mil quilos, o avião é conhecido por sua capacidade de operar em aeroportos com pistas curtas e de difícil acesso, particularmente no Brasil e na Ásia, onde ocorreram outros acidentes similares.

Na noite de sexta-feira (9), o CEO da Voepass Linhas Aéreas, Eduardo Busch, afirmou que os pilotos eram experientes e que todos os sistemas da aeronave estavam em pleno funcionamento no momento da decolagem.

A Voepass comunicou em nota oficial que está comprometida em prestar assistência irrestrita às famílias das vítimas e colaborar plenamente com as autoridades para a investigação das causas do acidente. “A VOEPASS Linhas Aéreas informa que a aeronave PS-VPB, ATR-72, do voo 2283, decolou de CAC sem nenhuma restrição de voo, com todos os seus sistemas aptos para a realização da operação”, garantiu a companhia.

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