Caso Witzel mostra que a esquerda é o que menos importa. Por Luis Felipe Miguel

Atualizado em 26 de maio de 2020 às 19:28

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POR LUIS FELIPE MIGUEL

Não sou eu que vou colocar a mão no fogo por Witzel. Ele é um subproduto do bolsonarismo, alguém que surfou alegremente no tsunami da barbárie que tomou conta do país.

Tudo o que Witzel fala sobre Bolsonaro tem grande chance de ser verdade e se aplica, ao menos em potência, também ao próprio Witzel. E vice-versa.

Dito isto, é óbvio que a operação no Rio, aliás vazada por outra impoluta figura da República, a hoje órfã de padrinho Carla Zambelli, indica o aparelhamento da PF para servir ao projeto de poder de Bolsonaro.

A tragédia é perceber que a esquerda está tão nas cordas que Bozo, Moro, Witzel, Doria, a Globo, todos eles, estão imersos em suas briguinhas internas.

Como se o lado de cá nem importasse. Como se a política brasileira se resumisse mesmo a essa escolha entre belzebu, satã e o capeta.