Caso Zambelli: Justiça vê falhas na apuração e pede para polícia retomar investigações

Atualizado em 11 de novembro de 2022 às 13:15
Carla Zambelli (PL-SP) apontando arma para pessoas no meio da rua – Foto: Reprodução

Nesta quinta-feira (10), a juíza Marcela Dias Coelho, do Foro Criminal da Barra Funda, em São Paulo, determinou que a Polícia Civil retome as investigações do caso envolvendo a deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP). Ela perseguiu e apontou uma arma para um homem negro na véspera do segundo turno das eleições.

A decisão ocorre após a delegacia do bairro produzir um relatório final sobre o caso com várias questões pendentes. Além disso, os investigadores não buscaram imagens de câmeras de segurança dos prédios vizinhos e não ouviram todas as testemunhas que presenciaram a ocorrência, segundo informações da revista Veja.

Na ocasião, o policial militar Valdecir Silva de Lima Dias, que acompanhava apoiadora do presidente Jair Bolsonaro (PL), deu um tiro e foi preso em flagrante, no entanto, liberado sob pagamento de fiança. Diante disso, os vídeos são importantes para elucidar o caso, uma vez que, o policial alegou que o tiro foi dado por descuido, após seu joelho “falhar”.

A pedido do Ministério Público, a juíza também quer saber quais procedimentos a Polícia Militar está tomando em relação à conduta de Valdecir, que além do disparo, há a dúvida se ele estaria fazendo “bico” de segurança para Zambelli, o que não é permitido.

A participação da simpatizante do chefe do Executivo, por sua vez, não é apontada na investigação. A situação da parlamentar está sendo apurada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em decorrência do foro privilegiado da deputada.

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