Perdido no tempo e no espaço, o Estadão virou notícia nesta sexta. Por um motivo, digamos, não muito nobre.
O jornal voltou a usar Lula para desenhar um “cenário sombrio” em caso de um segundo turno entre o ex-presidente e Bolsonaro.
Leitores imediatamente relacionaram a crítica com a manchete da véspera das eleições de 2018, quando em outro editorial o jornal considerava a opção entre o então candidato Fernando Haddad (PT-SP) e Bolsonaro “Uma escolha muito difícil”.
A deputada Natália Bonavides rebateu o jornal numa sequência de tuítes.
“Cenário sombrio”. Esse é o título do editorial de hoje do Estadão dedicado a atacar Lula e a possibilidade de Bolsonaro ser derrotado por ele. O jornal chega a falar em “o pior dos mundos”. Não podemos ter nenhuma ilusão com uma direita que diz isso depois de 430 mil mortos.
Quem foi articuladora, cúmplice do golpe e q ajudou a eleger Bolsonaro ñ tem nenhuma condição de atacar @LulaOficial, @Dilmabr e os governos petistas. As digitais estão no programa q resultou nos mais de 20 milhões de famintos, 40 milhões de desempregados e nos 430 mil mortos.
O “cenário sombrio” do Estadão de hj é como a “escolha muito difícil” de 2018. A cínica escolha difícil deles contribuiu para a eleição de um genocida apoiado por milicianos. Essa é a direita q fala em centro. Precisam ser derrotados junto com Bolsonaro. E será com @LulaOficial!
"Cenário sombrio". Esse é o título do editorial de hoje do Estadão dedicado a atacar Lula e a possibilidade de Bolsonaro ser derrotado por ele. O jornal chega a falar em "o pior dos mundos". Não podemos ter nenhuma ilusão com uma direita que diz isso depois de 430 mil mortos.
— Natália Bonavides (@natbonavides) May 14, 2021