
Mulheres evangélicas apresentaram a maior taxa de fecundidade do Brasil, com média de 1,7 filho por mulher, segundo dados do Censo 2022 divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (27). Em contraste, as mulheres espíritas registraram a menor taxa, com apenas 1,0 filho por mulher. Com informações do Globo.
Católicas e mulheres sem religião aparecem com média de 1,5 filho, enquanto a taxa entre adeptas de religiões afro-brasileiras, como umbanda e candomblé, ficou em 1,2. O levantamento considerou todas as mulheres com 12 anos ou mais que relataram ter tido filhos nascidos vivos até 31 de julho de 2022.

Entre as evangélicas, o pico da maternidade ocorre entre os 25 e 29 anos. Já entre espíritas, a maternidade tende a ser postergada, com maior concentração entre os 30 e 34 anos.
O IBGE ressalta que os dados não permitem concluir se a religião, isoladamente, influencia na decisão de ter filhos, pois outros fatores sociais também interferem.
Luci Souza, diretora de escola e fiel da Comunidade Evangélica de Cordovil, no Rio, é mãe de quatro filhos e relatou que, embora a cobrança sobre a maternidade tenha diminuído nas igrejas, ainda há uma ligação espiritual forte com o ato de gerar vida. “Está escrito na Bíblia: ‘Crescei e multiplicai-vos’”, afirmou.