Censura: Ministro da Justiça pede investigação contra Noblat por charge associando Bolsonaro ao nazismo

Atualizado em 15 de junho de 2020 às 14:41
André Luiz de Almeida Mendonça ao lado de Jair Bolsonaro durante live

O ministro da Justiça, André Mendonça, mostra a que veio.

Na falta do que fazer, avisou no Twitter que solicitou à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República a “abertura de inquérito para investigar publicação reproduzida no Twitter Blog do Noblat, com alusão da suástica nazista ao presidente Jair Bolsonaro”.

“O pedido de investigação leva em conta a lei que trata dos crimes contra a segurança nacional, a ordem política e social, em especial seu art. 26”.

Mendonça se refere a uma charge postada por Noblat de Bolsonaro pitando uma suástica. O trabalho é do talentoso Aroeira.

Mendonça quer agradar o chefe e ressuscitar a censura.

Está citando o artigo 26 da Lei de Segurança Nacional, que fala o seguinte:

Caluniar ou difamar o Presidente da República, o do Senado Federal, o da Câmara dos Deputados ou o do Supremo Tribunal Federal, imputando-lhes fato definido como crime ou fato ofensivo à reputação.

Pena: reclusão, de 1 a 4 anos.

Parágrafo único – Na mesma pena incorre quem, conhecendo o caráter ilícito da imputação, a propala ou divulga.

Mais cedo, a Secom, comandada por Fábio Wajngarten, de origem judaica, tinha dado a senha.

“Falsa imputação de crime é crime. O senhor Ricardo Noblat e o chargista estão imputando ao Presidente da República o gravíssimo crime de nazismo; a não ser que provem sua acusação, o que é impossível, incorrem em falsa imputação de crime e responderão por esse crime”, acusou Wajngarten.