Censura: Zema proíbe transmissão de programa Roda Viva com Boulos

Fontes dizem que a decisão de censurar o programa da rede parceira partiu do próprio governador bolsonarista de Minas

Atualizado em 4 de outubro de 2022 às 14:30
Boulos durante programa Roda Viva, da TV Cultura – Foto: Reprodução

Um dia após ser eleito deputado federal em São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL) foi recebido no programa Roda Viva, da TV Cultura, apresentado por Vera Magalhães, na noite desta segunda-feira (3). No entanto, o programa não foi transmitido em Minas Gerais.

A Rede Minas, afiliada da TV Cultura sempre retransmite o Roda Viva, porém, na noite de ontem, a emissora colocou no ar outro programa. Fontes do DCM afirmaram que o programa não foi transmitido para a região devido a não permissão do governador reeleito nesse domingo (2), Romeu Zema (Novo).

Vale destacar que, nesta terça-feira (4), Zema anunciou que apoiará o presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da eleição presidencial. O anúncio foi feito após uma reunião com o presidente no Palácio da Alvorada, em Brasília. Braga Netto, candidato a vice na chapa do PL, também participou do encontro.

Durante o programa, Boulos, que conquistou mais de um milhão de votos válidos, agradeceu os votos que recebeu de seus apoiadores e afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continuará com sua equipe nas ruas, fortalecendo sua campanha. Ele também lamentou que o resultado da eleição para a Presidência da República não tenha sido definido no primeiro turno.

“Entendo perfeitamente aquelas pessoas que dormiram essa noite com o nó na garganta porque existia um expectativa que as eleições poderiam ser decididas no primeiro turno. Mas acho que temos que olhar a realidade a partir dos fatos. O Lula teve seis milhões de votos a mais que Bolsonaro”, disse.

“O Bolsonaro, pelas indicações de rejeição, tá muito mais próximo de seu teto do que Lula. Ao que tudo indica, vamos ter uma declaração de apoio da Tebet ao Lula, do Ciro Gomes ainda incerto, mas do PDT muito provavelmente. A tendência é que esses eleitores que votaram em uma terceira via seja muito mais de votar em Lula, do que em Bolsonaro”

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