Centrão não se preocupa com declarações antidemocráticas de Bolsonaro

Atualizado em 12 de maio de 2022 às 13:28
No centrão a preocupação com as declarações antidemocráticas de Bolsonaro diminui
Presidente Jair Bolsonaro
Foto: Reprodução

Dentro do centrão, os ataques recentes do presidente Jair Bolsonaro (PL) à democracia e também ao sistema eleitoral têm se tornado cada vez menos motivo de preocupação entre os partidos. Siglas formadas na maioria pela base de apoio do presidente.

Para a Folha de S Paulo, eles afirmaram que em 2021 as declarações e os ataque antidemocráticos do presidente foram temas de reflexão por eles, mas agora o tema tem sido menos discutido principalmente por conta do clima tenos de disputa entre Bolsonaro e o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva.

Para os partidos desse bloco, os ganhos são representados pelo acesso a cargos no governo e a recursos públicos. Mas, apesar do objetivo comum, o Centrão não se move como um único bloco. Integrantes do grupo, inclusive, se dividem entre Bolsonaro e Lula.

O centrão em meio à polarização de Lula e Bolsonaro

O Centrão hoje se divide entre os dois principais nomes para ocupara cadeira da presidência do Brasil em 2022. Cinco partidos são os pilares do bloco (PL, PP, Republicanos, PSC e PTB) foram base dos governos Lula (2003-2011), mas hoje apoiam Bolsonaro.

“Se a gente olhar os nomes, grande parte se repete: Roberto Jefferson rompe com o PT, dando origem ao mensalão, e hoje é apoiador do Bolsonaro. Valdemar Costa Neto, Ciro Nogueira, Arthur Lira hoje são apoiadores de Bolsonaro”, afirmou o cientista político Rafael Cortez.

Ainda segundo Cortez, o PT, dentro do campo da centro-direita, se associou a legendas menores e a nomes como Jefferson e Costa Neto. O Partido Liberal é a principal conexão entre as bases de Lula e Bolsonaro. Onde o líder da sigla, Valdemar Costa Neto, costurou a aliança com Lula e o vice do petista, José Alencar, nas eleições presidenciais de 2002.

“Bolsonaro também foi eleito com críticas ao Centrão, mas quando percebeu que começou a perder apoio da maioria no Congresso, o movimento natural que teve de fazer foi abrir espaços para esses partidos”, afirmou o cientista político Cristiano Noronha.

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