CGU diz que gestão Doria superfaturou compra de aventais em milhões; veja números

O órgão analisou duas compras com dispensa de licitação feitas pela Secretaria de Estado da Saúde, cujo gasto totalizou R$ 45 milhões. O sobrepreço o qual o documento denuncia foi de R$ 24 milhões.

Atualizado em 12 de abril de 2022 às 11:56
gestão Doria consta compra superfaturada em 2020
Governador João Doria, de São Paulo
Foto: Reprodução

Divulgado na última segunda-feira (11), relatório da CGU (Controladoria Geral da União) aponta que na gestão do governador João Doria (PSDB) houve superfaturamento na compra aventais descartáveis durante a pandemia de coronavírus, no começo de 2020. Foi constatado também problemas na qualidade de parte do material.

O órgão analisou duas compras com dispensa de licitação feitas pela Secretaria de Estado da Saúde, cujo gasto totalizou R$ 45 milhões. O sobrepreço o qual o documento denuncia foi de R$ 24 milhões. De acordo com a apuração, o valor dos aventais nas duas compras ficou entre R$ 14 e R$ 15, mas o preço médio no mercado não chegava a R$ 7 na época.

“Nas consultas de preços realizadas, verificou-se que os preços unitários dos aventais contratados pela SES-SP eram superiores à média dos praticados em aquisições realizadas por outros órgãos públicos, sejam eles estaduais, municipais ou federal, na mesma época”, afirma o documento.

O Governo de SP negou superfaturamento e afirmou que a “aquisição cumpriu as exigências legais e todos os esclarecimentos têm sido devidamente prestados aos órgãos de controle”.

“Todos os processos foram instruídos com as respectivas pesquisas de preços e a apresentação de três propostas”, diz a nota.

Essa não foi a única compra superfaturada na gestão Doria

Doria é acusado de superfaturamento na compra de ventiladores
Ventiladores usados em pacientes com Covid-19
Foto: Reprodução

O caso dos aventais não é o único de suposto superfaturamento do governo estadual investigado pelo governo federal no período da pandemia.

No mês de fevereiro, a Polícia Federal realizou sete mandados de busca e apreensão como parte da investigação sobre suspeitasvde superfaturamento de mais de R$ 63 milhões em compra de ventiladores pulmonares pela Secretaria de Estado da Saúde, no início da pandemia da Covid-19, em 2020.

Contudo, o  governo estadual citou a espetacularização do episódio e afirmou que compra dos respiradores foi essencial no início da pandemia e fundamental para salvar vidas.

“Em um momento de inércia do governo federal, que não distribuiu equipamentos aos estados, e alta procura no mercado internacional”. Afirmou

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