Chance da derrubada do “estado de emergência” fez Lira adiar votação da PEC Kamikaze

Atualizado em 8 de julho de 2022 às 6:14
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Presidente da Câmara dos deputados, Arthur Lira
Foto: Reprodução

Arthur Lira (PP) adiou a votação da PEC Kamikaze porque ficou com medo da derrubada do “estado de emergência” do projeto. A votação da proposta ficou marcada para a próxima terça-feira (12), segundo liderança da Câmara dos Deputados.

A Proposta de Emenda Constitucional institui um estado de emergência no Brasil que seguirá até dezembro. O objetivo é burlar a lei eleitoral e autorizar a ampliação do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600, além de criar o Auxílio Caminhoneiro.

A oposição, que é favorável ao aumento do Auxílio Brasil, articulava para retirar do projeto o “estado de emergência” da PEC. Para o governo manter o dispositivo, era preciso ter 308 votos.

Na avaliação de Lira, tinham poucos deputados na Câmara e o risco do “estado de emergência” ser derrubado na última quinta (7) era muito grande. Por isso ele resolveu adiar a votação.

O adiamento é uma derrota do governo Bolsonaro, que tem muita pressa para realizar os pagamentos dos benefícios. O Planalto quer usar o aumento do Auxílio Brasil como plataforma eleitoral para ganhar votos.

Tradicionalmente, há poucos parlamentares em Brasília nas quintas-feiras, principalmente em período eleitoral. No entanto, Lira não perdeu a oportunidade para criticar a base governista, dizendo que o Planalto estava “sem prestígio”.

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