Chanceler da Turquia elogia postura de Lula sobre Israel no G20: “Admirável”

Atualizado em 22 de fevereiro de 2024 às 14:12
Hakan Fidan, ministro das Relações Exteriores da Turquia. Foto: reprodução

O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, elogiou nesta quinta-feira (22) a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação à guerra em Gaza, após declarações que desencadearam uma crise diplomática entre Brasil e Israel.

Fidan, que participa da reunião dos chanceleres do G20 no Rio de Janeiro, destacou que a posição de Lula é “admirável”, segundo informações da agência de notícias Reuters, enfatizando a necessidade de interromper a “selvageria” em Gaza.

“O fato de uma decisão sobre um cessar-fogo não ter saído mais uma vez do Conselho de Segurança da ONU mostrou que a reforma é uma obrigação”, disse Fidan numa sessão da reunião do G20, segundo a Reuters, referindo-se a um terceiro veto dos Estados Unidos a um pedido de cessar-fogo apoiado por 15 membros.

Desde o início do conflito, a Turquia tem criticado os ataques de Israel contra Gaza e apoiado iniciativas para que o país seja julgado por genocídio na Corte Internacional de Justiça (CIJ) em Haia. Na cúpula do G20, Fidan discutiu medidas concretas para um cessar-fogo urgente e mais ajuda humanitária ao enclave, ao lado de representantes dos Estados Unidos, Alemanha e Egito.

Lula, presidente do Brasil. Foto: reprodução

O governo turco, assim como o Brasil, defende uma reforma no Conselho de Segurança da ONU para torná-lo mais inclusivo e representativo ao mundo, ressaltando a necessidade de ações conjuntas diante da crise em Gaza.

Enquanto isso, a crise diplomática entre Brasil e Israel se intensifica após Lula comparar as ações israelenses em Gaza ao Holocausto. O governo israelense declarou Lula persona non grata e convocou o embaixador brasileiro em Tel Aviv para uma reprimenda a fim de constranger Frederico Duque Estrada Meyer, em um episódio que ganhou repercussão internacional.

O ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz, exigiu uma retratação de Lula, enquanto o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, repudiou os comentários de Katz, marcando um impasse diplomático entre os dois países. Após o incidente, Lula determinou que Meyer retorne ao Brasil.

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