Chefão da Cartier com fortuna de US$ 7,5 bi diz que “revolta dos pobres não o deixa dormir à noite”

Atualizado em 23 de dezembro de 2024 às 19:19
Johann Rupert, da Cartier: medo de pobre

O dono bilionário da empresa de joias de luxo Cartier revelou seu maior medo: robôs substituindo trabalhadores e os pobres se revoltando para derrubar os ricos.

Falando num evento chamado Financial Times Business of Luxury em Mônaco, o magnata da moda disse a seus colegas da elite que não consegue dormir pensando na agitação social que ele acredita ser iminente.

De acordo com a Bloomberg, Johann Rupert declarou na conferência que é preciso ter em mente que quando os pobres se insurgirem, as classes médias não vão querer comprar bens de luxo por medo de expor sua riqueza.

Ele mencionou que tem lido sobre mudanças na tecnologia do trabalho, bem como dados recentes da Oxfam sugerindo que o 1% mais rico da população global agora possui mais riqueza do que os outros 99%.

“Como a sociedade vai lidar com o desemprego estrutural e a inveja, o ódio e a guerra social?”, ele perguntou. “Estamos destruindo as classes médias neste momento e isso nos afetará. É injusto. Então, é isso que não me deixa dormir à noite.”

A Bloomberg calcula que o sul-africano Rupert tem acumulada uma fortuna de cerca de 7,5 bilhões de dólares com marcas como Cartier, Chloe e Vacheron Constantin.

Ele retornou ao seu papel de presidente da Compagnie Financiere Richemont em setembro de 2014 após um ano sabático que, segundo a Forbes, ele passou lendo e pescando. E, pelo visto, contemplando uma revolução social global.