Chefe da PF pedirá abertura de inquérito contra Van Hattem após ser chamado de “prevaricador”

Atualizado em 5 de dezembro de 2024 às 11:35
O deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) e o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues. Foto: reprodução

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, anunciou que apresentará uma representação contra o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) após ser chamado de “prevaricador” durante uma audiência na Câmara dos Deputados, na terça-feira (3).

A medida visa investigar se o parlamentar cometeu crime contra a honra de Rodrigues, conforme informações da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo. Van Hattem fez as declarações durante a Comissão de Segurança Pública, enquanto o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, discutia políticas de sua pasta.

O deputado questionou seu indiciamento anterior pela PF por calúnia e difamação, ocorrido após ele criticar o delegado Fábio Alvarez Shor, que trabalha em inquéritos envolvendo Jair Bolsonaro (PL) e aliados. Segundo Van Hattem, o “dito policial federal” agia “como bandido” e produzia “relatórios absolutamente fraudulentos contra pessoas inocentes.”

O deputado, invocando sua imunidade parlamentar, afirmou que não poderia ter sido indiciado pelo discurso e desafiou Andrei Rodrigues a prendê-lo na audiência.

“Se há o entendimento que estou fazendo crime contra a honra, por que o seu chefe na PF, o diretor-geral Andrei, que está aqui, não me prende agora, em flagrante delito? Se é um crime contra a honra, que me prenda”, declarou. Ele ainda reforçou: “Estamos diante de um prevaricador, que é o diretor-geral da Polícia Federal.”

Lewandowski, no entanto, reagiu com indignação e solicitou que as declarações do parlamentar fossem registradas nas notas taquigráficas, garantindo que a PF tivesse prova documentada dos insultos.