Chefe do Exército Sul dos EUA esteve no Brasil com seu ‘sub’, um general brasileiro. Por Hugo Souza

Atualizado em 12 de setembro de 2019 às 10:18
Alcides Valeriano de Faria Junior e Daniel R. Walrath no “Forte Apache”, em Brasília. Foto: Reprodução

Publicado originalmente no Come Ananás

POR HUGO SOUZA

Na última terça-feira, 10, o comandante do Exército Sul dos Estados Unidos da América, Major-General Daniel R. Walrath, esteve no Quartel-General do Exército (QGEx), em Brasília, onde conheceu a Sala de Comando e Controle do Comando de Operações Terrestres (COTER) e o Centro de Comunicação Social do Exército (CCOMSEx), além de um punhado de generais brasileiros de divisão.

Daniel, my brother, foi recebido no “Forte Apache”, como é conhecido o QG do Exército em Brasília, pelo comandante do Exército brasileiro, Edson Leal Pujol, esse sim escolhido por Jair Bolsonaro respeitando a lista tríplice – a da caserna.

Quem acompanhou o Major-General Daniel R. Walrath na passagem em revista das tropas tupinambás foi Alcides Valeriano de Faria Junior, General da 5ª Brigada de Cavalaria Blindada do Exército Brasileiro mas que desde o início do ano é “subcomandante de interoperabilidade” do Exército Sul do USA.

Trata-se do primeiro general brasileiro (oficialmente) subordinado ao Pentágono, “sem mimimi”, por assim dizer.

O site do Exército Brasileiro, por conta da visita oficial do comandante ianque e de seu imediato apache, ou melhor, tupinambá, informa que:

“O Exército Sul dos Estados Unidos (United States Army South) é um componente do Comando Sul daquele país e está sediado no Fort Sam Houston, na cidade de San Antonio. Sua zona de responsabilidade inclui 31 países e 15 áreas de soberania espacial nas Américas Central e do Sul, além do Caribe, tendo a missão de conduzir e apoiar operações de cunho multinacional”.

“Soberania espacial”. E não estamos falando da Lua. Talvez da base da Alcântara, que o governo Bolsonaro que alugar aos EUA, para os EUA lançarem foguetes ao espaço, sob a condição de que o Brasil não poderá lançar os seus próprios dali, do litoral do Maranhão.

Provisória, hein?

Daniel R. Walrath conheceu também o Salão Guararapes, que fica na entrada do “Forte Apache”. Está lá, no salão, a “Bandeira Provisória da República”, que vigorou (oficialmente) como símbolo oficial do Brasil durante não mais que quatro dias, de 15 a 19 de novembro de 1889. Esta, com treze listras horizontais e um retângulo azul com estrelas brancas no quadrante superior esquerdo:

Provisória, hein?