
O chefe do grupo Wagner, Prigozhin, diz que suas tropas estão recuando do avanço sobre Moscou “para evitar banho de sangue”. O presidente bielorrusso Alexander Lukashenko manteve conversas com Prigozhin, durante as quais ele concordou em parar suas tropas e “desescalar a situação”, disse o canal de notícias Rossiya 24.
“Prigozhin aceitou a proposta de Lukashenko de conter o movimento do grupo Wagner em território russo e em novas medidas para diminuir a tensão”, disse o Rossiya 24, citando o serviço de imprensa de Lukashenko.
The Russian authorities have allegedly been digging up the roads leading to Moscow in an attempt to stop the advance on the city by the Wagner Group. #Russia #RussiaIsCollapsing #RussianCivilWar #Wagner #WagnerCoup #WagnerGroup pic.twitter.com/RqdeFh1mlA
— Paul Golding (@GoldingBF) June 24, 2023
Também disse que estava provando ser “possível encontrar uma variante aceitável de desescalar [a situação] com garantias de segurança para os soldados do Wagner”. A conversa teria sido acordada com Putin.
A tentativa da Rússia de barrar o avanço dos mercenários de Prigozhin em direção a Moscou usando caminhões carregados p/barricar estradas, não está dando certo. Aqui vemos um trecho de uma rodovia em Voronezh que foi facilmente desimpedida pela coluna blindada de Prigozhin. pic.twitter.com/q05OKFgoQv
— Hoje no Mundo Militar (@hoje_no) June 24, 2023
Confira os últimos acontecimentos no horário brasileiro:
11h01: A Letônia anuncia que está intensificando a segurança em suas fronteiras
“A Letônia está monitorando de perto os acontecimentos na Rússia (…). A segurança na fronteira foi reforçada”, anunciou o presidente eleito da Letônia, Edgars Rinkevics, no Twitter, acrescentando que a emissão de vistos e a entrada de russos foram suspensas.
10h53: Combatentes do Grupo Wagner chegam à região de Lipetsk
O governador da região de Lipetsk, a cerca de 400 km ao sul de Moscou, diz no Telegram que elementos do grupo paramilitar “estão se movendo” na região, confirmando seu avanço em direção à capital russa. “As autoridades (…) estão tomando todas as medidas necessárias para garantir a segurança da população. A situação está sob controle”, disse Igor Artamonov.
9h47: Kremlin diz que tem o apoio do presidente turco Erdogan
Em um comunicado à imprensa, a presidência russa afirma que Vladimir Putin recebeu o “apoio total” de seu colega turco Recep Tayyip Erdogan durante uma conversa telefônica sobre a rebelião armada do grupo Wagner.
9h45: Ramzan Kadyrov anuncia que está enviando seus homens para as “áreas de tensão”
“Os combatentes do Ministério da Defesa e da Guarda Nacional Chechena já foram para as zonas de tensão. Faremos tudo para preservar a unidade da Rússia e proteger sua condição de Estado”, declarou o presidente checheno Ramzan Kadyrov no Telegram, cujos homens foram muito ativos na ofensiva russa na Ucrânia.
9h36: Os chefes da diplomacia do G7 se reúnem
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, diz que os ministros de relações exteriores do G7 realizaram uma “conversa”. Não foram divulgados detalhes sobre o conteúdo dessas conversas. Washington simplesmente indicou que os Estados Unidos permaneceriam em “estreita coordenação” com seus aliados após essa troca inicial, ao mesmo tempo em que especificou que essa rebelião não havia alterado seu apoio à Ucrânia.
9h20: A rebelião na Rússia é uma “oportunidade”, diz Ucrânia
Ao invadir a Ucrânia, a Rússia deu início a um processo que levará à sua própria destruição, de acordo com a vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Ganna Maliar, no Telegram: “O que isso significa para nós? Uma janela de oportunidade”, acrescenta ela, assegurando que a Ucrânia continua a trabalhar para a “vitória”.
9h05: Chefe do grupo Wagner afirma ter tomado o quartel-general militar em Rostov “sem que um tiro fosse disparado”
“Por que o país está nos apoiando? Porque estamos marchando por justiça”, disse o líder da Wagner, acusado de “traição” por Vladimir Putin, em uma mensagem de áudio no Telegram. “Entramos em Rostov e, sem disparar um único tiro, tomamos o prédio da sede”, acrescentou Evgeny Prigozhin.
8h54: Putin está no Kremlin, garante porta-voz
“O presidente está trabalhando no Kremlin”, garantiu Dmitri Peskov, citado pela agência estatal russa Ria Novosti, que o questionou sobre rumores nas redes sociais afirmando que ele havia deixado Moscou por causa da rebelião do grupo Wagner.
8h15: Moradores da região de Lipetsk são convocados a permanecer em suas casas
“A fim de garantir a ordem e a segurança dos cidadãos na região de Lipetsk, a sede operacional (regional) está pedindo aos residentes que não saiam de suas casas, a menos que seja necessário, e que se abstenham de viajar em veículos particulares”, diz a conta do Telegram das autoridades da região, localizada 420 km ao sul de Moscou. Esse apelo coincide com a publicação no Twitter de vídeos que mostram uma coluna de veículos, alguns deles com tanques, subindo a estrada federal M4 perto da cidade de Horse-Kolodezsky, na região de Lipetsk.
7h18: Para Volodymyr Zelensky, fraqueza da Rússia é “óbvia”
Em sua primeira reação aos eventos na Rússia, o presidente ucraniano considera que o motim do grupo Wagner ilustra a fraqueza “total” da Rússia, mergulhada no “mal e no caos”. Qualquer um que “escolhe o caminho do mal está se autodestruindo”, diz Volodymyr Zelensky, zombando da atitude de Vladimir Putin de “enviar centenas de milhares de pessoas para a guerra, apenas para se barricar na região de Moscou e se proteger daqueles que ele mesmo armou”.
7h07: Patriarca Kirill clama por “unidade”
“Qualquer tentativa de semear a discórdia no país é o maior dos crimes e não pode ser justificado”, diz o chefe da Igreja Ortodoxa na Rússia e um aliado do presidente Vladimir Putin. “Peço àqueles que pegaram em armas para usá-las contra seus irmãos que reconsiderem” sua escolha, acrescenta ele, dizendo que “apóia os esforços de Vladimir Putin para evitar distúrbios” na Rússia.
7h03: A União Europeia “monitora de perto a situação”, e primeiro-ministro britânico pede que todas as partes sejam “responsáveis”
No Twitter, o presidente do Conselho Europeu Charles Michel disse que está “monitorando de perto a situação na Rússia” e que está “em contato com os líderes europeus e parceiros do G7” depois que o grupo Wagner se rebelou. “Esse é claramente um problema interno da Rússia. Nosso apoio à Ucrânia e a Volodymyr Zelensky é inabalável”, declarou.