Chega: Renato tenta vincular a história do Grêmio ao que o Brasil tem de mais repulsivo. Por Moisés Mendes

Atualizado em 15 de novembro de 2019 às 21:55

Publicado no blog do Moisés Mendes

Chega de Renato Portulappi.

Não merecemos ter um técnico na contramão da tendência mundial de engajamento das celebridades do esporte à luta contra o racismo, a homofobia e a xenofobia.

Ninguém espera que Renato tenha a lucidez dos jogadores e dos técnicos do Chile e da Argentina (seria pedir demais).

Mas o Grêmio não pode ter seu nome associado a um governante da extrema direita e admirador de torturadores.

Chega de ouvir a voz bolsonarista de Renato.

Chega das lições reacionárias de um cara que não pode induzir adolescentes gremistas ao erro de admirar uma família formada por aberrações políticas ligadas a milicianos.

Renato tenta vincular a história e a imagem do Grêmio ao que o Brasil tem hoje de mais repulsivo desde a ditadura.

Chega. Ele não tem esse direito.

Vamos dar ao Grêmio a chance de ser um clube comprometido incondicionalmente com o humanismo, sem concessões à exaltação de fascistas.

Não precisa ser um Bahia.

Que seja um clube com líderes que estejam de acordo com o que pensa a maioria da sua torcida.

A não ser que a torcida tricolor seja hoje de maioria bolsonarista.

Se essa for a realidade, estou fora.

Chega.