Chico Rodrigues vai para o lixo, mas deixa sujeiras no futuro. Por Fernando Brito

Atualizado em 15 de outubro de 2020 às 21:59
Jair Bolsonaro e Chico Rodrigues. (FOTO: MARCOS CORRÊA/PR)

Publicado originalmente no Tijolaço:

Por Fernando Brito

O senador “poupança” Chico Rodrigues, do DEM de Roraima vai ser afastado, há poucas dúvidas, quando o Senado avaliar a ordem dada pelo Ministro Luís Alberto Barroso para que se suspenda, por três meses, o seu mandato parlamentar.

A existência do vídeo da, digamos, ocultação do dinheiro é forte demais para que alguma proclamação de inocência possa servir de argumento para que seus colegas o “aliviem”.

Há outro efeito entre os senadores, aos quais fica claro que a proximidade com Jair Bolsonaro pode ter vantagens, mas não a de garantir que terá abrigo da onda de ações da Polícia Federal.

Jair Bolsonaro fará o que for possível para lançar ao mar os indefensáveis, exceto os de sua própria família, em especial o também senador Flávio, o “01”.

É natural que os demais senadores, diante de um desdobramento da situação difícil do filho presidencial, não se moverão como um parede em sua defesa.

Como o senador “poupança” tinha sido declarado em “quase união estável” com o presidente, é natural que haja bens a repartir, inclusive os favores prestados por Rodrigues.

Há, certamente, nas suas relações com o Planalto, outras coisas guardadas nos recônditos de suas ações, além das nomeações de “índios” bolsonaristas.

Rodrigues vai para o lixo, mas vai deixar sujeita nas relações do “centrão” com Bolsonaro.