Chile entra na denúncia contra Israel em Haia por genocídio em Gaza

Atualizado em 2 de junho de 2024 às 19:26
Presidente do Chile, Gabriel Boric
Imagem: Reprodução

O governo chileno, liderado por Gabriel Boric, anunciou que se juntará à África do Sul na denúncia contra Israel por “genocídio”. Em um discurso ao Congresso chileno no sábado à noite, o presidente Boric revelou que o Chile formalmente apoiará a queixa apresentada na Corte Internacional de Justiça.

O movimento do Chile amplia a pressão internacional sobre Israel, que enfrenta acusações de crimes em sua ofensiva em Gaza. Para Boric, os palestinos estão vivendo uma “situação humanitária catastrófica” que requer uma resposta firme da comunidade global. Ele declarou que o Chile apoiará o caso da África do Sul contra Israel com base na Convenção de Genocídio da ONU.

Após a decisão dos sul-africanos de lançar a denúncia, a Corte Internacional de Justiça em Haia já estabeleceu medidas emergenciais contra Israel, solicitando ações para evitar genocídio e exigindo o fim imediato da ofensiva em Rafah, no sul de Gaza. No entanto, após a decisão de maio, Israel lançou uma operação resultando em mais de 200 mortos, inclusive em um campo de refugiados.

A entrada do Chile marca o primeiro país sul-americano a se juntar formalmente ao caso. Enquanto isso, o Brasil, sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, declarou apoio ao pleito sul-africano, mas ainda não aderiu oficialmente à denúncia. Boric expressou indignação com as ações desproporcionais contra civis palestinos, destacando a gravidade da crise humanitária em Gaza.

Fumaça é vista no horizonte em Rafah após militares israelenses intensificarem operações em área de grande concentração de refugiados
Imagem: REUTERS/28.mai.2024-Hatem Khaled

Boric reiterou que o Chile sempre buscará o diálogo e o entendimento para garantir uma ordem global estável e pacífica. Ele condenou não apenas os ataques do Hamas, mas também exigiu a libertação dos reféns detidos pelo grupo. Além disso, Boric reafirmou a posição do Chile contra todas as formas de violência e genocídio.

O presidente chileno enfatizou que a luta contra o crime e a defesa dos direitos humanos são universais, sem distinção política ou nacionalidade. Ele lembrou suas críticas anteriores às violações dos direitos humanos na Nicarágua e Venezuela, a guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, e a situação crítica na Faixa de Gaza.

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