Na terça-feira, 5 de março, o governo chileno anunciou que as empresas de Israel não participarão da Feira Internacional do Ar e Espaço (Fidae), uma das maiores exposições aeroespaciais, de defesa e segurança da América Latina.
O evento, que ocorrerá no próximo mês em Santiago, contará com a presença de empresas de 40 países. O Ministério da Defesa chileno comunicou brevemente que a decisão de excluir as empresas israelenses foi tomada pelo governo do Chile, sem fornecer detalhes adicionais.
O presidente Gabriel Boric tem expressado críticas à guerra na Faixa de Gaza, desencadeada após um ataque terrorista do Hamas que resultou na morte de 1,2 mil pessoas e no sequestro de mais 240 em Israel.
Embora o governo chileno tenha condenado o atentado, considera a resposta de Tel Aviv como “desproporcional”. No início do conflito, o presidente Boric chamou de volta o embaixador chileno em Israel, Jorge Carvajal, como um gesto de insatisfação diante dos bombardeios no enclave.
Boric, na época, afirmou que seu país condena veementemente as operações militares que implicam punição coletiva da população civil palestina em Gaza, destacando que tais ações não respeitam as normas fundamentais do Direito Internacional.
O conflito, do lado palestino, resultou em mais de 30 mil mortes, segundo o ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.