Especialista considera que EUA já perderam ‘guerra’ para a China

Atualizado em 4 de janeiro de 2022 às 18:03
imagem de Biden e Xi Jinping
Para especialista, a China ultrapassou os EUA em diversos aspectos e Biden planeja acirrar disputa. Fotos: AFP

A China se tornou a grande pedra no sapato dos Estados Unidos em 2022. Com o avanço da vacinação, o mundo já se prepara para a retomada de atividades diplomáticas mais fortalecidas. Pautas como economia, crescimento industrial e meio ambiente passam a ter um vislumbre pós-pandêmico.  Especialista ouvido pelo Sputnik Brasil comenta que EUA já perdeu a guerra para a China e América Latina terá grande atenção este ano.

Para Marcelo Jackson, cientista Político e professor do Departamento de Educação e Tecnologias da Universidade Federal de Ouro Preto, a China está a frente dos EUA em diversos aspectos, especialmente em relação ao controle da pandemia. “Os norte-americanos sabem perfeitamente que a China ultrapassou os EUA em vários aspectos, muito em breve ultrapassará todos [os aspectos], e Washington quer vender um pouco mais cara essa derrota”.

A Europa, que também vê a China se aproximando do continente e de países da África, arrisca em uma estratégia protecionista. Para Jackson, a atual política externa dos EUA pensa “em como vender de forma cara sua derrota para China, ao mesmo tempo que olha para Rússia, uma vez que os russos também não estão brincando”.

Leia mais: 

1 – Dados mostram as fake news disseminadas nos três anos de mandato

2 – Declarações falsas de Bolsonaro aumentaram em 2021; Veja números

3 – Servidores marcam data para protestar no Ministério da Economia

China e interesses geopolíticos

O ano de 2022 tem como algumas das principais pautas o meio ambiente, a volta do crescimento econômico, a industrialização e interesses geopolíticos. Jackson acredita que algumas restrições impostas pela União Europeia a mercados do Brasil podem ser terreno fértil não só para a China, como também para a Rússia.

A América Latina não perderá seu foco neste ano. Brasil e Colômbia, dois países importantes da região, terão suas eleições presidenciais e o resultado impactará o mundo e o futuro da extrema-direita global. A Colômbia, que recentemente passou por uma onda de protestos, testará o poder do uribismo nas urnas.

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link