O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), e outros quatro tenentes-coronéis mencionados na investigação sobre as tramas golpistas estão na lista de possíveis promoções no Exército, segundo a CNN Brasil. Todos foram formados em 2000 na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), na turma Maestro Carlos Gomes e almejam o posto de Coronel.
A operação Tempus Veritatis da Polícia Federal, deflagrada em 8 de fevereiro, expôs trocas de mensagens desses militares com Cid, além de indicar sua possível participação em planos para desestabilizar o processo eleitoral e promover um golpe de Estado.
Entre os investigados, Hélio Ferreira Lima e Guilherme Marques de Almeida, podem ser promovidos já em 30 de abril, data da primeira janela de oportunidade. Ambos frequentaram a Escola de Comando e Estado-Maior (Eceme), o que os coloca em vantagem na disputa por um posto de coronel.
Os outros dois, Sergio Ricardo Cavaliere e Ronald Ferreira de Araújo Junior, sem o curso de Comando e Estado-Maior, terão outras oportunidades de promoção ao longo do ano.
Apesar de não serem réus no inquérito, os militares foram afastados de suas funções por determinação do ministro Alexandre de Moraes, relator no Supremo Tribunal Federal (STF).
Ferreira Lima e Marques Almeida, que estavam próximos à promoção, podem ter prejudicadas suas chances após serem exonerados de cargos de comando, essenciais para a ascensão na carreira militar.
A promoção de Mauro Cid a coronel já não é mais considerada viável dentro do Exército, especialmente após seu envolvimento no caso da fraude dos cartões de vacina contra Covid-19, no qual foi indiciado pela Polícia Federal.