Cid mandou áudio para Freire Gomes apoiando atos terroristas, diz PF

Atualizado em 16 de março de 2024 às 11:17
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Foto: reprodução

Em um desdobramento das investigações sobre os recentes acontecimentos em Brasília, a Polícia Federal revelou um áudio enviado pelo ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, ao general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército.

Nesse áudio, Cid encoraja movimentos dos militares para reforçar a presença de manifestantes em frente aos quartéis militares e instiga o deslocamento até a Praça dos Três Poderes, onde estão localizadas as sedes da presidência da República, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Durante a oitiva do general Freire Gomes no Supremo Tribunal Federal (STF), policiais federais revelaram que interceptaram o áudio de Cid, incentivando a importância da publicação da nota “Às instituições e ao povo brasileiro” para estimular “a manutenção e intensificação” da presença de manifestantes em frente aos quartéis militares e o deslocamento para o Congresso, STF e Praça dos Três Poderes.

O ex-presidente Jair Bolsonaro e o general Freire Gomes, ex-comandante do Exército. Foto: Reprodução

O áudio, datado de 11 de novembro de 2022, foi enviado antes dos incidentes que resultaram na invasão e ataques golpistas nas sedes dos Três Poderes. Freire Gomes, confrontado com a informação, defendeu que a nota publicada no mesmo dia pelos comandantes das Forças Armadas tinha o propósito de direcionar os protestos para o âmbito do Poder Legislativo, em vez de concentrá-los em frente aos quartéis militares.

Durante a oitiva, o general admitiu ter recebido de Mauro Cid um áudio informando que as manifestações em Brasília seriam financiadas por empresários do agronegócio, enviado por meio do aplicativo UNA. O ex-comandante do Exército afirmou que Cid compartilhou a informação de forma espontânea, sem solicitação prévia.

Freire Gomes também esclareceu que não ordenou a retirada dos manifestantes em frente ao Quartel-General do Exército por falta de uma ordem judicial nesse sentido.

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