Algumas cidades do interior de São Paulo têm avaliado adotar racionamento de água nas próximas semanas após ficar mais de 150 dias sem chuvas. Os municípios têm registrado dificuldade para captação de água e um aumento no consumo da população por conta do calor extremo.
São José do Rio Preto, cidade que fica a 442km da capital, não tem registrado chuvas expressivas desde 12 de abril. Entre janeiro e setembro, o município teve quase metade (47%) do volume registrado no mesmo período de 2023.
Em média, segundo o Semae (Serviço Municipal Autônomo de Água e Esgoto), a cidade capta 450 litros de água por segundo, mas o número chegou a menos da metade (220) nesta semana. A prefeitura local decidiu aumentar as atividades dos poços até o limite da operação, passando de 16 horas para 22 horas de captação.
A medida, no entanto, pode ser insuficiente para abastecer a cidade, que tem 500 mil habitantes. “Caso não chova nos próximos dias ou diminua o consumo, o racionamento será inevitável”, afirmou o prefeito Edinho Araújo (MDB).
Em Birigui, cidade a 150km de São José do Rio Preto, também anunciou que deve decretar estado de emergência por conta dos problemas de abastecimento e tem avaliado adotar o racionamento após precisar pedir o envio de caminhões-pipa de municípios vizinhos. “A prefeitura está monitorando com extrema vigilância a atual crise de abastecimento de água”, afirmou a gestão de Leandro Maffeis (Republicanos).
A Prefeitura de Sorocaba publicou um decreto de emergência climática que prevê multa de R$ 150 mil a quem atear fogo em áreas de mata. A determinação ocorre após um incêndio devastar uma área de vegetação na cidade.
São Paulo é o estado mais afetado pela seca extrema e tem 82 municípios nessa condição. Há cerca de 200 cidades sofrendo em situações similares no país e que devem adotar o racionamento de água e ter um aumento na conta de energia.
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