Cinco teses sobre o golpismo bolsonarista. Por Guilherme Boulos

Atualizado em 22 de julho de 2022 às 20:40
Guilherme Boulos de camiseta preta discursando em público com microfone na mão
Guilherme Boulos  – Reprodução/Instagram

 

O pré-candidato a uma vaga na Câmara dos Deputados,Guilherme Boulos (PSOL-SP), publicou em seu perfil no Twitter uma thread sobre o desespero de Bolsonaro ante ao risco de perder as eleições a imunidade hoje conferida por seu cargo. Leia:

Bolsonaro está desesperado. Para ele, o que está em jogo não é simplesmente perder a eleição e retirar-se como ex-presidente. Sabe perfeitamente que pode ser preso – ele, os filhos e os milicianos de seu entorno – quando deixar a presidência.

O êxito de qualquer golpe depende do papel das Forças Armadas. O comando militar não é bolsonarista, embora nutra ressentimentos fortes com a esquerda. Eles têm seus próprios interesses e dificilmente entrariam numa aventura dirigida por Jair, Carluxo e cia.

Onde mora o maior perigo? Na criação de um ambiente de caos e violência generalizada no país durante o processo eleitoral ou logo após as eleições. Visivelmente, essa é a aposta de Bolsonaro: estimular a violência política e um cenário de insegurança e conflito.

O Dia D e a hora H deles será o 7 de setembro. É quando ele colocará à prova sua força de mobilização, a menos de um mês das eleições de outubro. Até lá, sua estratégia deverá estar centrada em movimentos de preparação do ambiente político, como a reunião com embaixadores.

Os próximos meses serão dos mais desafiadores da história política brasileira e exigirão iniciativa dos setores democráticos e populares. Não podemos nos deixar levar pelo ambiente de medo fomentado pelo bolsonarismo. Temos que ir às ruas, numa grande mobilização.

Veja a thread original:

Guilherme Boulos de camiseta preta discursando em público com microfone na mão
Guilherme Boulos em foto publicada nas redes sociais – Reprodução/Instagram