
Por Luis Felipe Miguel
Ciro Gomes foi o grande perdedor do debate na Globo. Nervoso, por vezes desarticulado, perdeu a segurança e a pretensa superioridade cognitiva que apresentava como seu diferencial.
Bolsonaro também não se saiu bem. Foi derrotado no confronto com Lula, logo no início, e depois amarelou. Sempre que pôde, preferiu fazer tabelinhas com seus auxiliares, o padre Kelmon e Felipe d’Ávila.
O candidato do “Novo”, apagado como sempre, limitou-se a ser o caricato garoto-propaganda do ultraliberalismo e a levantar a bola para o atual presidente. Já o padre de festa junina se destacou pela cara de pau com a qual cumpriu o papel de braço armado do bolsonarismo. Não enganou ninguém, mas nem queria enganar.
Tebet brilhou menos que no debate da Band, mas mostrou habilidade – sobretudo ao responder a pergunta sobre Celso Daniel, quando escapou da armadilha e, embora sem deixar de se diferenciar de Lula, bateu forte em Bolsonaro (que, em outro mau momento, pareceu pego de surpresa).
Thronicke foi esperta ao escolher o pretenso sacerdote como alvo. Rendeu votos? Dificilmente. Tornou-se sucesso de memes, o que atende a seu objetivo de ganhar projeção.
Lula não obteve a vitória estrondosa com que sonhávamos, mas, no geral, foi bem. Saiu da defensiva no tema da corrupção e mostrou-se mais firme na crítica a Bozo. Creio que o saldo é positivo.
Texto originalmente publicado no FACEBOOK do autor
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