
Ciro Gomes (PDT), antes reconhecido como principal cabo eleitoral do Ceará, tenta recuperar a força após romper com seu irmão, o senador Cid Gomes (PSB-CE). O ex-ministro enfrenta dificuldades para fechar alianças e se posicionar nas eleições municipais deste ano. Com informações do Globo.
Após ficar em quarto lugar na eleição presidencial de 2022, Ciro observa uma debandada do PDT local. Em 2020, a sigla elegeu 67 prefeitos no Ceará, mas apenas 14 permanecem no partido.
Segundo avaliação de analistas de direita e esquerda, o atual prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), apoiado por Ciro, corre o risco de não ser reeleito e até de ficar de fora do segundo turno – marcado para o dia 27 de outubro.
Já o PSB de Cid conta com 64 prefeituras, sendo o maior partido do estado. O pré-candidato à prefeitura da capital cearense e presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (ALECE), Evandro Leitão (PT), aliado de Cid, atraiu apoio de partidos como PSB, PP, PSD e Republicanos, que antes apoiavam o candidato de Ciro.

Evandro Leitão, que deixou o PDT devido à decisão do partido de não apoiar o governo estadual, posição liderada por Ciro, também tem o apoio do MDB e do governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT). Além disso, o parlamentar conta com o fato de ter uma melhor relação com o governo federal.
Ciro Gomes afirmou que conversou com o irmão há algumas semanas durante um almoço, mas descartou qualquer composição política.
“Um amigo em comum fez um almoço, mas não teve nenhuma alteração no quadro político”, disse.