
O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, se tornou réu por violência política contra a senadora Janaína Carla Farias (PT-CE) nesta terça (16). A Justiça Eleitoral aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Ceará (MP-CE) contra o pedetista por chamar a parlamentar de “assessora de assuntos de cama” e “cortesã”.
“A 115ª Zona da Justiça Eleitoral recebeu denúncia do Ministério Público contra Ciro Ferreira Gomes pelo crime de violência política de gênero. De acordo com o MP Eleitoral, em entrevistas à imprensa, o denunciado constrangeu e humilhou a senadora Janaína Carla Farias, desmerecendo-a para o exercício do mandato em razão do gênero dela, com insinuações de cunho sexista e misógino”, afirmou o MP em nota.
A senadora apresentou uma ação contra Ciro após ataques. Em abril, durante entrevista, Ciro afirmou que ela só assumiu a cadeira de Camilo Santana, atual ministro da Educação, por fazer “serviço particular” a ele. Janaína é suplente do atual titular da pasta.
Em entrevista ao Jornal Jangadeiro, de Fortaleza, o Ciro Gomes (PDT) chamou a senadora Janaína Farias (PT) de "cortesã" e disse que a parlamentar petista era responsável por "organizar as farras do (ministro) Camilo".
Ainda disse que Janaína não tem qualificação.
Rapaz… pic.twitter.com/gxTv1FlCeb— Miguel Martins (@MiguelMartins1) April 24, 2024
Na denúncia, o MP afirmou que Ciro quis “satisfazer a vontade de se impor de forma incontrastável ante a figura feminina” e tentou “colher dividendos políticos às custas de sua objetificação”. O documento é assinado por Sandra Viana Pinheiro, da 114ª Zona Eleitoral de Fortaleza (CE).
“Percebe-se, sem sombra de dúvidas, que o denunciado dolosamente almejou constranger e humilhar a senadora da República, Janaína Carla Farias, menosprezando-a por sua condição de mulher, com o indiscutível propósito de dificultar o desempenho de seu mandato junto ao Senado Federal, resultando em agressões à vítima com ofensas sexistas e misóginas”, prossegue a denúncia.
O juiz Victor Nunes Barroso, da 115ª Zona Eleitoral, tornou Ciro réu e deu um prazo de 10 dias para que ele se manifeste na Justiça. O ex-governador não se pronunciou sobre o caso.
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