“Cirurgia extremamente complexa”, diz equipe médica que operou Bolsonaro

Atualizado em 14 de abril de 2025 às 10:19
Cláudio Birolini, médico-chefe da equipe cirúrgica que operou o ex-presidente Jair Bolsonaro durante coletiva nesta segunda-feira (14) – Foto: Reprodução

Nesta segunda-feira (14), a equipe médica que acompanha Jair Bolsonaro (PL) no Hospital DF Star, em Brasília, concedeu uma entrevista coletiva para comentar sobre a cirurgia do ex-mandatário. A unidade hospitalar também divulgou um novo boletim médico sobre o estado de saúde dele.

Segundo os médicos, Bolsonaro continua internado na UTI. O procedimento foi descrito como complexo. O estado de saúde é estável, mas requer monitoramento constante durante as primeiras 48 horas do pós-operatório.

O médico cardiologista Leandro Echenique afirmou que o procedimento teve bom resultado. “Cirurgia extremamente complexa. Tinha muita aderência (no intestino), mas o resultado foi excelente”, disse. Ele também destacou que “não houve complicação” e que “todas as medidas preventivas serão tomadas”.

Já o cirurgião Cláudio Birolini explicou que o intestino de Bolsonaro apresentava sinais de sofrimento há meses, o que exigiu cuidados redobrados. “A gente precisa deixar o intestino dele descansar, desinflamar, retomar a atividade, para só depois pensar em realimentação por via oral”, afirmou. Por enquanto, Bolsonaro seguirá recebendo nutrição diretamente na veia.

Bolsonaro ao chegar no hospital DF Star em Brasília na noite de sábado (12) – Foto: Reprodução

O ex-presidente foi operado no domingo (13), em um procedimento que durou 12 horas e teve como objetivo liberar aderências intestinais e reconstruir a parede abdominal. Ele está internado desde sábado (12/4), após ter sido transferido de Natal (RN), onde foi hospitalizado com quadro de sub obstrução intestinal. Bolsonaro passou mal durante agenda no interior do estado e foi levado de helicóptero para a capital potiguar. Depois, foi transferido para o Distrito Federal.

Birolini afirmou que, mesmo sem ter acompanhado presencialmente outras internações, considera este o caso mais grave desde a facada sofrida por Bolsonaro na campanha de 2018.

O médico também declarou que o problema do ex-presidente não foi 100% resolvido e que “novas aderências vão se formar”. “As aderências vão se formar, isso aí é inevitável. Um paciente que tem um abdômen hostil, por mais que você solte tudo, essas aderências vão se formar”, informou.

A equipe segue acompanhando a evolução do quadro clínico nas próximas horas.

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