Civis de Gaza dizem que ataques israelenses após trégua são os piores até agora

Atualizado em 2 de dezembro de 2023 às 22:03
Destruição provocada por ataque israelense em Gaza. (Foto: Reprodução)

Os moradores de Khan Younis, no sul de Gaza, enfrentaram uma série intensa de ataques aéreos por parte de Israel, caracterizados como os mais pesados desde o início do conflito. Militares israelenses orientaram a evacuação de determinadas áreas da cidade, alegando a presença de líderes do Hamas e civis que buscaram refúgio.

Retorno do conflito

Após 7 dias de trégua, as Forças de Defesa de Israel (IDF) retomaram os ataques na sexta-feira (1), atingindo mais de 400 alvos do Hamas.

O Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, relatou pelo menos 193 mortes na recente onda de ataques israelenses, que se iniciou após um cessar-fogo temporário.

Os ataques concentram-se em Khan Younis e Rafah, sugerindo uma iminente fase ofensiva no sul de Gaza. Os mapas divulgados pelas IDF nas redes sociais indicam áreas para evacuação, apontando para possíveis preparativos para uma ofensiva terrestre.

Hospitais sobrecarregados e apelos por ajuda humanitária

Os hospitais, já operando com recursos limitados, ficaram sobrecarregados com vítimas. O porta-voz da Unicef, James Elder, descreveu a situação como “saturada” de vítimas antes do recomeço dos ataques. A instituição Crescente Vermelho Palestino informou que 100 caminhões com ajuda foram autorizados a entrar em Gaza.

Novas negociações falharam

As tentativas de negociar um novo cessar-fogo e a libertação de reféns sequestrados em outubro falharam. Israel anunciou a retirada de seus negociadores do serviço de inteligência Mossad das conversas no Catar, após um impasse nas negociações.

Posicionamentos internacionais e liberação de reféns

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, reafirmou o direito de Israel à autodefesa e condenou a realocação forçada de palestinos. Durante a COP28 da ONU em Dubai, Harris destacou a necessidade de um horizonte político claro para os palestinos.

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense, por sua vez, elogiou a libertação de 110 reféns em troca de 240 prisioneiros palestinos.

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