Clã Bolsonaro tem plano para eleger Flávio como presidente em 2026; entenda

Atualizado em 22 de novembro de 2024 às 13:24
Jair Bolsonaro se candidataria para deixar posto ao filho Flávio Bolsonaro. Foto: reprodução

Inelegível e sob o risco de ser preso por tramar um golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já tem seu plano para voltar ao poder, mesmo que indiretamente, nas eleições de 2026. Segundo o jornalista Guilherme Amado, ele anunciará meses antes do pleito uma chapa com seu filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (PL), mesmo ciente que não poderá seguir na disputa.

A estratégia é semelhante à adotada pelo Partido dos Trabalhadores em 2018, quando Lula foi preso a mando de Sérgio Moro (União-Brasil) na operação Lava-Jato. Na ocasião, o PT anunciou que Fernando Haddad seria vice para depois levá-lo à liderança da chapa com Manuela d’Ávila de vice.

Seguindo esse roteiro, Jair sairia de cena quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) impedisse o registro da chapa familiar para, em seguida, o Partido Liberal anunciar um vice para Flávio.

O clã Bolsonaro avalia que, com o sobrenome liderando a extrema-direita, candidatos promissores no campo ideológico teriam o crescimento abafado, como o ex-coach Pablo Marçal (PRTB), que conquistou parcela significativa do eleitorado em São Paulo que, em tese, deveriam votar em Nunes já no primeiro turno das eleições municipais.

Segundo Amado, a família Bolsonaro teme que nomes como o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), podem ser “engolidos” por personalidades influentes nas redes sociais.

Tarcísio, Zema e Caiado, governadores que aspiram herdar eleitores de Bolsonaro. Foto: reprodução

Além de Tarcísio,  Ronaldo Caiado (União-GO), Romeu Zema (Novo-MG) e Ratinho Júnior (PSD-PR) ganham destaque como potenciais sucessores no bolsonarismo. Em defesa desses nomes há o argumento da experiência administrativa, o que falta a Flávio Bolsonaro e Marçal.

Na última quinta-feira (21), Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal, ao lado de 36 aliados, por tramar um golpe de Estado após perder as eleições de 2022. O TSE já impede suas candidaturas até 2030, e se for condenado criminalmente, ele teria que cumprir a pena e aguardar mais 8 anos para voltar a disputar um cargo eletivo novamente, com base na Lei da Ficha Limpa.

Conheça as redes sociais do DCM:
⚪️Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo
🟣Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line