Morreu o juiz federal que mais trabalhou para a direita na perseguição à Cristina Kirchner. Claudio Bonadio era o Sergio Moro argentino.
Comandava os processos contra Cristina, que ainda sofre lá o mesmo cerco judiciário armado aqui contra Lula.
Bonadio também enfrentava dezenas de processos administrativos e disciplinares, muitos com a acusação de que não conseguia provar saber jurídico para atuar como juiz. Nunca foi condenado pelo Conselho da Magistratura.
O juiz fez valer como magistrado, por experiência própria, o que Moro defende no Brasil, o uso de arma de fogo por policiais para atirar (e se preciso matar), sob o argumento da violenta emoção ou da surpresa.
Bonadio, que andava sempre armado era instrutor de tiro, em 2001 foi abordado por dois jovens na rua. Temendo ser assaltado, matou os dois, de 19 e 20 anos, um deles com tiros pelas costas. Tudo legítima defesa.
Cristina Kirchner o chamava de O Sicário, o facínora sanguinário. A atual vice-presidente enfrentava cinco processos presididos pelo juiz, que tentou prendê-la por nove vezes.
Cristina tinha foro, como senadora, e escapou das prisões preventivas do ex-peronista que se bandeou para a direita. Há vários juízes na fila prontos para sucedê-lo.
Há abundância de Bonadios e Sergios Moros por toda parte.
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