Clóvis Rossi foi um exemplo e um mestre para a minha geração de jornalistas. Por Breno Altman

Atualizado em 14 de junho de 2019 às 18:14
Clovis Rossi para a Revista Imprensa – 12/07/2010 – Foto: Alf Ribeiro

PUBLICADO ORIGINALMENTE NO OPERA MUNDI

Morreu, na madrugada desta sexta-feira (14/06), o jornalista Clóvis Rossi, aos 76 anos. Ele era colunista e repórter da Folha de S.Paulo e um dos grandes nomes do jornalismo brasileiro.

Rossi faleceu em casa, onde se recuperava de um infarto ocorrido na semana passada. Em sua última coluna na Folha, havia explicado os motivos de sua ausência e descrevia os procedimentos médicos pelos quais havia passado.

O jornalista começou na profissão em 1963 e passou por Correio da ManhãO Estado de S. PauloJornal do BrasilJornal da República, revista Autoesporte e Istoé. Desde 1980, trabalhava na Folha de S.Paulo.

Rossi cobriu Copas do Mundo, Olimpíadas, viagens presidenciais e eleições pelo mundo, sempre sendo lembrado pelos colegas jornalistas como um profissional generoso, com texto ímpar.

O jornalista também escreveu os livros Clóvis Rossi, Enviado Especial, 25 Anos ao Redor do Mundo e O Que é Jornalismo. As obras viraram verdadeiros manuais para estudantes de jornalismo e para aqueles que tinham vontade de conhecer um pouco mais sobre a profissão.

Rossi foi um exemplo e um mestre para a minha geração de jornalistas e para todas as que vieram depois. Todos que nos interessávamos por jornalismo internacional tínhamos nele a maior das referências sobre o trabalho a ser feito. Mesmo com as divergências nos últimos anos, tinha por ele muito carinho e respeito. Um tremendo profissional e um grande ser humano.

Ele deixa mulher, três filhos e três netos. O velório acontece a partir das 15h desta sexta, e o enterro, às 11h de sábado (15/06) no cemitério Gethsêmani, no bairro do Morumbi, em São Paulo.