CNBB divulga carta em defesa da democracia e critica ações golpistas

Atualizado em 29 de abril de 2022 às 22:33
foto de bispos reunidos dentro de uma igreja.
Entidade enfatizou a defesa da democracia e criticou ações que ameaçam a constitucionalidade. Foto: Divulgação

Em uma carta divulgada nesta sexta-feira (29), a Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) defendeu o processo democrático nas eleições, a conquista do voto e dos direitos dos trabalhadores e dos pobres.

O documento, que é assinado por quatro bispos da entidade, afirma que “tentativas de ruptura da ordem institucional, hoje propagadas abertamente, buscam colocar em xeque a lisura do processo eleitoral e a conquista irrevogável do voto”. A carta é lançada em uma semana em que o presidente Bolsonaro (PL) voltou a atacar o sistema eleitoral brasileiro.

“Não existe alternativa no campo democrático fora da política com a ativa participação no processo eleitoral. Tentativas de ruptura da ordem institucional, hoje propagadas abertamente, buscam colocar em xeque a lisura do processo eleitoral e a conquista irrevogável do voto”, diz o texto.

Entidade alerta para disseminação de fake news e manipulação religiosa

A CNBB, que não cita o presidente Bolsonaro de forma direta no documento, afirmou que “Tumultuar o processo político, fomentar o caos e estimular ações autoritárias não são, em definitivo, projeto de interesse do povo brasileiro. Reiteramos nosso apoio às Instituições da República, particularmente aos servidores públicos, que se dedicam em garantir a transparência e a integridade das eleições”.

A carta diz que” há duas ameaças que merecem atenção especial”. A primeira delas é a manipulação religiosa, que leva a um “projeto de poder sem afinidade com os valores do evangelho de Jesus Cristo”.

“A segunda é a disseminação das fake news, que através da mentira e do ódio, falseia a realidade. Carregando em si o perigoso potencial de manipular consciências, elas modificam a vontade popular, afrontam a democracia e viabilizam, fraudulentamente, projetos orquestrados de poder”, alertam os religiosos.

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