“Colapso climático”: Relatório da ONU diz que 2023 é o ano mais quente da história

Atualizado em 30 de novembro de 2023 às 11:28
Vapor e fumaça liberados por usinas são dispersados no meio ambiente. (Foto: Reprodução)

O relatório da OMM (Organização Meteorológica Mundial) sobre o Estado do Clima Global revelou que 2023 está marcado para ser o ano mais quente já registrado, quebrando recordes climáticos e desencadeando condições extremas em todo o mundo. Este ano, até outubro, superou a média pré-industrial em 1,4ºC, deixando um rastro de devastação. Às vésperas da COP28, a ONU expressa grande preocupação com o que chama de “colapso climático em tempo real”. Com informações da coluna de Jamil Chade, no Uol.

Condições extremas e recordes climáticos

O relatório destaca que 2023 se diferencia significativamente de anos anteriores, como 2016 e 2020, classificados como os mais quentes até então. Mesmo a dois meses do final do ano, a ONU afirma que é improvável que os registros observacionais de 174 anos sejam alterados.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, alerta para o impacto devastador do colapso climático e enfatiza que “estamos em apuros”.

“As coisas estão avançando tão rapidamente que, a um mês antes do final do ano, já podemos declarar que 2023 é o ano mais quente registrado na história da humanidade”, declarou.

António Guterres. (Foto: Reprodução)

Recordes e mudanças profundas na sociedade

O documento aponta que os últimos nove anos, de 2015 a 2023, foram os mais quentes, e o evento de aquecimento El Niño, previsto para 2024, intensificará o calor.

Além disso, todas as métricas, como níveis de gases de efeito estufa, temperaturas globais, aumento do nível do mar e derretimento do gelo na Antártida, atingiram recordes.

A ONU também destaca que o impacto é imediato, afetando segurança alimentar, deslocamentos populacionais e comunidades vulneráveis.

Apelo por ações urgentes na COP28

António Guterres faz um apelo urgente aos líderes mundiais antes da COP28. Ele enfatiza que a humanidade tem o roteiro para limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C e evitar os piores cenários climáticos.

O secretário-geral pede comprometimento com parcerias, financiamento, energias renováveis e eliminação gradual dos combustíveis fósseis. Destaca a esperança de evitar um futuro cada vez mais inóspito.

Eventos climáticos em todo o mundo

Além das elevadas temperaturas, o relatório destaca eventos climáticos extremos em várias partes do mundo. Países como Grécia, Bulgária, Turquia, Líbia, Madagascar, Moçambique, Canadá, Estados Unidos, Grande Chifre da África e América Central e do Sul enfrentaram inundações, ciclones tropicais, incêndios florestais e outros desastres.

O relatório ressalta a urgência de ações globais para enfrentar os desafios iminentes.

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