Coletivo Democracia Corintiana afirma que manifestações não devem ter donos ou proprietários

Atualizado em 4 de julho de 2020 às 18:37
Protesto tem faixa pela democracia com imagem de Sócrates, ex-Corinthians Foto: NELSON ALMEIDA / AFP

Pelas redes sociais, O Coletivo Democracia Corintiana afirmou que “não organizou nem esteve à testa de nenhum destes atos públicos de natureza antifascista, ainda que muitos de seus membros tenham deles participado ativamente”.

“Consideramos este levante fundamental para preservar nossa democracia e reconquistar direitos perdidos durante a vigência do governo miliciano. Não podemos entregar as ruas aos radicais de extrema-direita, que apenas propagam o ódio, a ignorância e a desarmonia”, completaram, defendendo que “manifestações no campo progressista não devem ter donos ou proprietários”.

Leia a nota na íntegra:

Nota de esclarecimento: O CDC e as manifestações em defesa da democracia

Em tempos recentes, cidadãs e cidadãos brasileiros têm ocupado as ruas em defesa do Estado Democrático de Direito. Nestas manifestações, repudiam os ataques aos poderes constituídos, assim como os pedidos despropositados de intervenção militar e a criminalização de partidos e movimentos sociais.

Essas ações públicas destinam-se também a contestar o governo fascista e criminoso de Jair Messias Bolsonaro, péssimo gestor da crise do novo coronavírus e promotor de inúmeras medidas de caráter anti-popular, como a supressão de direitos previdenciários, o estímulo à destruição de nossos recursos naturais e o incentivo a condutas de cunho racista, machista e homofóbico.

O CDC esclarece que, enquanto entidade, não organizou nem esteve à testa de nenhum destes atos públicos de natureza antifascista, ainda que muitos de seus membros tenham deles participado ativamente.

Consideramos este levante fundamental para preservar nossa democracia e reconquistar direitos perdidos durante a vigência do governo miliciano. Não podemos entregar as ruas aos radicais de extrema-direita, que apenas propagam o ódio, a ignorância e a desarmonia.

Acreditamos, no entanto, que as manifestações no campo progressista não devem ter donos ou proprietários.

Na sociedade fraterna e solidária que almejamos, valorizamos o protagonismo compartilhado. Nenhum partido, movimento ou coletivo deve assenhorear-se de uma demanda que é de todo o povo brasileiro.

De acordo com nossa visão, inspirada na tradição corinthianista, todos PODEM e DEVEM participar destes atos, logicamente tomando todas as precauções para evitar a disseminação do vírus que provoca a Covid-19.

Consideramos que todos os partidos, sindicatos, associações, movimentos e coletivos podem, sim, empunhar suas bandeiras e vestir suas camisetas durante essas manifestações públicas. Qualquer censura constitui-se em paradoxo e afronta justamente os princípios que norteiam nossa luta por justiça, igualdade e democracia.

Seguimos juntos, irmanados, fazendo a hora, sem esperar acontecer. Viva a unidade dos movimentos progressistas. Contra o fascismo, sempre!