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O colunista da Folha de S.Paulo Hélio Schwartsman decide por Lula contra Bolsonaro nas eleições de 2022. Em texto publicado no jornal, o jornalista diz que Lula “como a maioria dos humanos” tem qualidades e defeitos, mas que fez gestões bem avaliadas pela sociedade.
Schwartsman relembra o governo do ex-presidente e lista algumas das melhorias que ele fez durante seus dois mandatos.
“[Lula] fez gestões que foram bem avaliadas pela maioria da população. Pegou uma conjuntura externa favorável e conseguiu fazer com que seus dividendos chegassem tanto a pobres como a ricos e à classe média. Pode parecer fácil, mas não é tão trivial. Em questões civilizacionais e temas de direitos humanos, sempre colocou-se do lado correto”, afirma o jornalista.
Ele ainda alfineta o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), ao dizer que o petista evitou impasses com outros poderes. “Lula revelou ter algum compromisso com o sistema democrático. Embora tenha tido condições políticas de torcê-lo para beneficiar-se —ele poderia, por exemplo, ter levado o Congresso a aprovar o fim do limite constitucional às reeleições, como fizeram tantos líderes populistas mundo afora” —, preferiu não fazê-lo. Também evitou impasses com outros Poderes. Não é pouco”, diz.
O jornalista reitera também os crimes que Lula foi acusado e afirma que “mesmo que você considere que não existia nenhuma prova de crime cometido por Lula, ele não impediu a instalação do esquema de corrupção na Petrobras (ou não percebeu, o que seria ainda pior)”.
Ao falar de Bolsonaro, Schwartsman diz que o mandatário tem “defeitos e deve ter qualidades”, mesmo que ele não consiga identificar nenhuma. O colunista destaca que não deve ser difícil decidir contra quem é preciso votar nas eleições de outubro, a não ser que considere Lula e Bolsonaro iguais.