Com a derrota e a cadeia no horizonte, Bolsonaro fugirá do Brasil com os filhos em 2023

Atualizado em 29 de julho de 2022 às 8:00
O fim do pesadelo está próximo. Por Paulo Nogueira Batista Jr.
Presidente Jair Bolsonaro

Com Lula virtualmente eleito, a reação ao golpismo crescendo e a cadeia no horizonte, Bolsonaro tem uma saída em 2023: o aeroporto.

É isso o que se avizinha para o delinquente. 

A PEC de senador vitalício flopou e a fábrica de chantagens e ameaças, para forçar um acordão de anistia ou algo que o valha, foi para o buraco. 

O novo Datafolha caiu como uma chuva ácida sobre as pretensões de recuperação na campanha. Os recados dos amigos militares como o ministro da Defesa e o presidente do STM, no sentido de respeitar o processo eleitoral, deixam claro o isolamento.

Na madrugada, resta ao sujeito arrumar treta com Leonardo DiCaprio ou reclamar da carta pela democracia, que passou de 300 mil assinaturas em dois dias. 

O Centrão já se vira nos trinta. Janones e Lula conversam publicamente sobre apoio no primeiro turno. O PIB pede sua cabeça. Empresários como Gustavo Ioschpe vão de PT e anunciam em artigos de jornais.

A partir de janeiro, sem foro e sem a dupla de zagueiros Aras-Lindôra na PGR, novas ações contra Bolsonaro serão movidas por procuradores ou promotores pelo país.

Em editorial, a Folha identificou dez processos por danos morais e por condutas relacionadas à pandemia de que o sujeito foi alvo direto no decorrer do mandato.

Em dois deles, houve condenação por danos morais. 

“Se a gente considera juridicamente, a gente tem elementos para dizer que há uma necessidade de se investigar a conduta do presidente principalmente no contorno das questões ligadas à pandemia”, diz a advogada Marina Coelho, presidente do IBCCrim (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais).

Ele ainda corre risco de ser responsabilizado por eventuais lesões corporais e homicídios que acontecerem caso um Jorge Guaranho da vida resolva atender o apito do cachorro no 7 de setembro.

Jair Bolsonaro já falou que não vai ser uma nova Jeanine Áñez, ex-presidenta da Bolívia encontrada dentro de uma cama-box após o golpe e hoje puxando cana. 

Como se trata de um covarde, restará a ele e seus filhos repetir o roteiro de um Allan dos Santos ou Zé Trovão. Vai pedir asilo numa autocracia de extrema-direita. Arábia Saudita, Dubai, Índia ou Hungria — esta última, aliás, governada pelo fascista Orbán, lhe ofereceu “ajuda” para a reeleição. 

Paris é roubada. Não apenas porque os franceses são comunistas, como se sabe, mas porque outro poltrão, Ciro Gomes, já tem cadeira cativa lá.