
Por Moisés Mendes
É um argumento meio estranho, mas vem sendo usado por parte da esquerda. A pauta da PEC da jornada de trabalho, de Erika Hilton, seria uma arapuca.
A direita iria se apropriar da campanha, como aconteceu em 2013 com o movimento pelo passe livre e a redução no preço da passagem de ônibus, e as esquerdas não teriam o que fazer.
A direita iria jogar a pauta no colo de Lula. Entenderam? Não se adere à luta por uma jornada de trabalho menos escravista porque a direita se adona da pauta e usa a própria proposta contra o governo Lula e contra o povo.
Segundo esse raciocínio, não se lutará por mais nada, muito menos na área trabalhista, porque sempre haverá o risco de a direita e a extrema direita se apropriarem das pautas, de acordo com seus interesses.

Dizem que vai acontecer a mesma situação de 2013, quando a mobilização iniciada em Porto Alegre foi apropriada pela Globo e levou a direita às ruas. E assim veio o golpe contra Dilma.
Segundo esse argumento, as esquerdas seriam para sempre incompetentes para lidar com as armadilhas da direita. Então, não se faz nada e tudo fica como está. Como diziam os defensores da escravidão no século 19.
Para que se registre: a campanha contra a PEC de Erika Hilton é liderada pelo Partido da Causa Operária, o PCO. Com esses comunistas, quem precisa de capitalistas?
Originalmente publicado no Blog do Moisés Mendes
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