O PT está exultante com a volta de Lula ao debate político.
Alexandre Padilha, preferido pelo ex-presidente para disputar a prefeitura de São Paulo, classifica o momento como um “banho” de alegria.
“A presença dele muda a conjuntura no Brasil, na América Latina e no mundo”, diz. “É a força que precisamos para conter o ódio, a intolerância e a regressão representada pelo consórcio que elegeu Bolsonaro”.
O deputado federal, que ficou em terceiro lugar na disputa para o governo do Estado, atrás de Doria (PSDB) e Paulo Skaf (MDB), acredita que a presença de Lula terá forte impacto junto ao eleitorado.
“Não existe no país nenhuma liderança que tenha mais vontade que ele de viajar e conversar com as pessoas”, diz. “Uma renovação de energia aqui no Brasil, na AL e no mundo”.
Segundo Padilha, governos totalitários como o do capitão gostam de povos “tristes”, pois sabem que a “alegria nos levará a lugares impensados num ambiente de angústia”.
E Lula no processo eleitoral é a centelha para a retomada do espaço que o partido perdeu.
“O discurso do ódio nos afastou do povo mais simples, justamente aquele que foi beneficiado pelos anos do PT no poder. E esse povo já percebeu que a direita veio para arrochar e retirar direitos, num modelo de destruição do processo democrático e de valores como justiça social”.
Se a sua candidatura se confirmar, Padilha pretende atuar em duas frentes: a reflexão em torno das políticas regressivas de Bolsonaro, o desmonte das estruturas de proteção social e o aprofundamento da pobreza e seus impactos na cidade; e a construção de um programa para aliviar o sofrimentos das pessoas, através do diálogo com forças progressistas comprometidas com o bem estar social.
“Como pode uma cidade em que o morador da periferia vive 23 anos menos que o da região central?”, pergunta.
Por fim, lembra que a luta pela liberdade de Lula não terminou.
“Vamos caminhar com foco em retomar os espaço que perdemos em 2016 e 2018. Mas a vigilância sobre os processos que envolvem o ex-presidente é prioridade”.
Empolgado, diz que com Lula na rua não só ele tem muita chance em SP, como os demais candidatos nas diversas regiões do país.
“O momento é de retomada de uma agenda popular, de esquerda e que vise especialmente a inclusão”, diz Padilha.