Com medo da cadeia, Bolsonaro pede que aliados moderem críticas ao STF

Atualizado em 15 de abril de 2023 às 14:19
O ex-presidente Jair Bolsonaro e o ministro Alexandre de Moraes. (Foto: Reprodução)

A determinação à Polícia Federal para Jair Bolsonaro depor sobre os atos terroristas de 8 de janeiro não foi a único motivo de irritação do ex-presidente Jair Bolsonaro. O texto do despacho, assinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, considerado duro, desagradou tanto quanto, segundo a coluna de Paulo Cappelli, no Metrópoles.

“A oitiva de JAIR MESSIAS BOLSONARO, nos termos indicados pelo Ministério Público, é medida indispensável ao completo esclarecimento dos fatos investigados”, escreveu Moraes.

O magistrado ressaltou que a apuração busca apurar crimes de associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, ameaça, perseguição e incitação ao crime.

Após ficar sabendo sobre o despacho, Bolsonaro fez uma recomendação a seus aliados e pediu que evitem abordar publicamente o assunto. A avaliação é que arranjar atritos com o STF, nesse momento, não é uma boa ideia. Até porque, em caso de decisão monocrática desfavorável assinada por Moraes, o ex-presidente recorrerá ao colegiado da corte.

Apesar das instruções do pai, o vereador Carlos Bolsonaro (Republlicanos-RJ) fez uma postagem na sexta-feira (14) zombando do assunto. “AHAHAHAHAHAH… Esse país é uma piada!”, escreveu o parlamentar, ao compartilhar a notícia do despacho.

Moraes acatou pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e deu um prazo de dez dias para que Bolsonaro seja ouvido.

“Determino à Polícia Federal que proceda à oitiva de Jair Messias Bolsonaro, no prazo máximo de 10 dias, devendo a PGR ser previamente avisada do dia agendado para, se entender necessário, acompanhar a oitiva”, escreveu o ministro no despacho.

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