Com Neymar fora, Richarlison reaviva nos brasileiros sonho do hexa

Atualizado em 26 de novembro de 2022 às 16:18
Richarlison durante jogo contra a Sérvia na Copa do Mundo do Catar. Foto: Reprodução

Richarlison reavivou em brasileiros de todas as bandeiras políticas o sonho de conquistar o hexa na Copa do Mundo do Catar, mesmo após Neymar deixar o primeiro jogo machucado e com dúvidas se deve ou não voltar a competir no Mundial. O camisa 10 da seleção brasileira saiu de campo chorando no confronto contra a Sérvia, na última quinta-feira (24), com uma lesão no tornozelo.

As primeiras previsões indicam que um retorno do craque seria, no mínimo, somente no mata-mata a partir das oitavas, caso o Brasil avance na competição. Caso se confirme a baixa gravidade nos próximos dias, o tempo de volta aos gramados deve girar em torno de sete a dez dias. Se for de grau 2, depende do local de lesão do ligamento, e se for de grau 3, ele está fora do torneio.

Enquanto isso, brasileiros que ainda evitavam torcer pela seleção nacional pelo alinhamento da principal estrela Neymar ao presidente Jair Bolsonaro, agora se sentem mais livres para apoiar o Brasil em paz. De quebra, ganhamos um novo ídolo, bem mais progressista que o que sai machucado.

Todas as esperanças estão em Richarlison, autor dos dois gols marcados pelo Brasil na primeira rodada da Copa. Com um golaço que já entrou para a galeria dos mais bonitos na história das Copas do Mundo, o atacante fez com que até os desinteressados no mundial voltassem a acreditar na conquista da sexta estrela.

Em entrevista após a partida, Richarlison falou sobre a sua atuação no jogo. “É um sonho de criança realizado. Fizemos uma boa partida, principalmente no segundo tempo, quando o adversário cansou e conseguimos tirar vantagem disso. Estou muito feliz e mais confiante agora”, disse.

O camisa 9 foi eleito o melhor jogador da partida e se mostrou craque dentro e fora campo. O atacante conquistou a torcida brasileira não apenas pelo futebol, mas também por seu engajamento em pautas sociais importantes.

Durante a coletiva de imprensa que antecedeu o jogo de estreia, Richarlison se posicionou a favor das manifestações em prol da comunidade LBTQIAP+, que acontecem no Catar. “Temos que respeitar a opinião de cada seleção. Não sei se aqui vão usar a faixa, fazer algo contra o racismo. Eu apoio qualquer situação. Hoje a gente vive em um mundo muito perigoso, onde não se pode ter opiniões. Seja contra o racismo, seja movimento LGTBQ, eu apoio qualquer causa”, afirmou.

O jogador também é embaixador da USP na campanha de conscientização sobre a Covid-19, defensor das causas feministas e chegou criticar o uso da camisa da seleção por bolsonaristas que atentam contra as instituições democráticas.

Nas redes sociais, torcedores comparam os comportamentos de Richarlison com os de Neymar, que durante as eleições brasileiras declarou voto em Jair Bolsonaro (PL), chegando a participar da live de campanha do presidente, onde prometeu comemorar seu primeiro gol na Copa fazendo uma homenagem ao ex-capitão.

As escolhas políticas dos atacantes viraram assunto depois do primeiro jogo, especialmente na questão da vacina.

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