Com o fim das desculpas, Dallagnol ainda vai acabar tomando um chá de sumiço como Queiroz

Atualizado em 18 de agosto de 2019 às 18:35
Dallagnol

Ninguém deve se surpreender se Deltan Dallagnol tomar um chá de sumiço como o de Fabrício Queiroz.

Dallagnol, cada vez mais enrolado com as mensagens da Vaza Jato, já esgotou o seu arsenal de desculpas para as ilegalidades que cometeu.

Dois ministros do STF, Fachin e Fux, foram ridicularizados como sendo “nossos”. Fux virou piada por ser carioca.

As mulheres de Gilmar Mendes e Dias Toffoli (chamado de “rapaz” por Dallagnol) não foram poupadas.

Raquel Dodge, que não mexe uma palha para conter os meninos, dava “saudades de Janot”.

A orientação de Moro era imprescindível. A degeneração completa do Direito.

Num artigo, Lenio Streck resumiu: “Quem está seguro se aqueles que devem zelar pelo sigilo dos dados bancários e pessoais usam a máquina pública para buscar informações, não para fazer processos judiciais —eis que para isso a prova é zero—, mas sim para constranger autoridades pelo fato de terem sido contrariadas?”

Neste domingo, ficamos sabendo que a Lava Jato obteve informações da Receita sem requisição formal e sem que a Justiça tivesse autorizado a quebra do sigilo fiscal das vítimas.

Quem dava a mãozinha era o auditor fiscal Roberto Leonel, que assumiria a presidência do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) no governo Bolsonaro.

Dallagnol pediu aos colegas que pesquisassem as declarações anuais de Imposto de Renda do caseiro do sítio de Atibaia Elcio Pereira Vieira, o Maradona.

As mensagens do Intercept não vão parar por aí. De onde veio isso, tem mais, como diz o ditado.

A turma do TRF-4 ainda não apareceu em todo seu esplendor.

A resposta de Dallagnol é um samba de uma nota só: querem acabar com a luta contra a corrupção. Mentira.

Eventualmente, ele varia para “recuperamos milhões de reais”. Os fins não justificam os meios.

Um homem desesperado é capaz de qualquer coisa. 

Sempre haverá um lugarzinho no cafofo do Queiroz para mais um cidadão de bem perseguido pelos globalistas.