Como a turma da Lava Jato, a juíza Carolina Lebbos está conseguindo seus 15 minutos de fama às custas de Lula — e está adorando.
Carolina dá seu recado sobre “quem manda” na República de Curitiba.
Nesta segunda-feira, dia 23, não autorizou a entrada de uma comissão de deputados que queria vistoriar a Superintendência da PF, onde o ex-presidente está detido desde 7 de abril.
Em seu despacho, ela se refere a “requerimentos de visitas que abrangem mais de uma dezena de pessoas, com anuência da defesa, sob o argumento de amizade com o custodiado”.
Havia solicitações de Dilma Rousseff e Gleisi Hoffmann.
Também deu bola preta para Suplicy e, antes dele, o prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel, Leonardo Boff e Ciro Gomes.
Lula, por separado dos demais, não sofre “qualquer risco para a integridade moral ou física”.
Carolina está dando seu show como protagonista na novela. Fica investida das cores de Moro e ganha os aplausos da claque antipetista na imprensa.
Como relatado no DCM, a inflexibilidade é seletiva e tem prazo de validade.
No último dia 11, a defesa de Pedro Barusco, executivo da Petrobras e delator, solicitou e a magistrada de pronto acatou um pedido para que ele não tivesse mais obrigação de usar tornozeleira eletrônica.
Para justificar sua decisão, alegou que o cumprimento da pena sob o novo regime baseia-se na “autodisciplina e senso de responsabilidade” do condenado.
Carolina Lebbos é dona de Lula hoje. Tem sob si o preso político mais importante das Américas. Está empoderada.
“Ela está violando o artigo 41 da Lei de Execução Penal e as Regras de Mandela”, diz a advogada Tânia Mandarino, que está prestando apoio jurídico a Esquivel.
Segundo Tânia, o recado de Carolina é claro: ali o petista não pode ficar.
“É uma jogada de xadrez que vai culminar com a transferência do Lula para algum lugar que ninguém tem ideia de qual seja”.
A doutora Carolina também não sabe ao certo. Mas quem manda sabe e quando chegarem as ordens ela vai saber obedecer.