Com presidente do Ibama, Salles repete no Meio Ambiente o mesmo crime que cometeu em SP. Por José Cássio

Atualizado em 19 de maio de 2021 às 15:32
Ricardo Salles e Jair Bolsonaro antes de discurso mentiroso na Cúpula do Clima. Foto: Reprodução/Instagram

Eduardo Bin, presidente afastado do Ibama nesta manhã, é acusado de ter editado um despacho, em 2020, que teria permitido a exportação de produtos florestais sem a necessidade de emissão de autorizações.

Seu chefe, Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente, foi denunciado por prática parecida em 2016 quando comandava a pasta no governo de São Paulo: favoreceu empresas de mineração alterando mapas de zoneamento do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Tietê.

A apuração que resultou na demissão de Bin envolve também o chefe Ricardo Salles.

Ambos são investigados por improbidade administrativa na esfera criminal por afrouxar regras em benefício de empresas.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ministro. Já afastado, Bin também terá os dados investigados.

No caso da fraude no processo de plano de manejo da área de proteção ambiental (APA) da várzea do rio Tietê, Ricardo Salles foi condenado em 1a Instância e depois recorreu, até o inquérito ir para as calendas do Tribunal de Justiça de SP.

Agora, cumpliciado com o parceiro do Ibama, reedita a prática ilegal e novamente terá de responder na Justiça.

Até quando a impunidade vai prevalecer?